James Riva: O vampiro de Marshfield

em 15/05/2015


Existem muitos casos de assassinos cujos atos criminosos acabam se relacionando com canibalismo ou mesmo com características vampirescas. James Riva é um desses criminosos. Ele foi responsável por uma morte, a da sua avó, mas perseguiu por muito tempo a ideia de consumir sangue humano e de animais, como forma de garantir a sua vida eterna, a exemplo dos vampiros do cinema. Convido a todos a conhecer esse louco sujeito que queria a todo custo se tornar um vampiro.

O assassinato

Em abril de 1980, James P. Riva, que na época tinha 23 anos, disparou sua avó, Carmen Lopez, duas vezes enquanto ela estava sentada em sua cadeira de rodas. A arma estava carregada com balas que o próprio Riva havia pintado com a cor dourada. Após os disparos ele bebeu o sangue que escorria pelo ferimento causado pela arma de fogo. Ao final do seu insano ato vampiresco Riva ateou fogo ao corpo de sua avó e provocando assim um incêndio na casa da mesma. O crime chocou a cidade de Marshfield, Massachusetts, EUA, assim como as declarações dadas pelo autor do ataque.


Riva acreditava que todas as pessoas que o rodeavam eram vampiros, e isso incluía a sua avó. Ele acreditava que consumindo o sangue dessas pessoas faria dele um vampiro também.

Quando preso Riva alegou legítima defesa, pois segundo ele, sua avó visitava seu quarto a noite almejando se alimentar de seu sangue. A partir daí os policiais sabiam que não estavam lidando com um criminoso comum, e em interrogatórios posteriores eles descobriram que essa obsessão por sangue era algo que já acompanhava James “Jimmy” Riva a tempos.

O início dos desejos de sangue

O jovem Jimmy Riva foi uma criança problemática, e seu desejo por sangue havia se desenvolvido muito cedo, ainda durante o jardim de infância. Riva alegou que bebia sangue de animais desde os 13 anos de idade, tendo matado até mesmo um cavalo para poder sugar seu sangue. Quando jovem ele havia esmurrado o nariz de um amigo e tentou espancar outro garoto, com o intuito de beber o sangue de ambos. Seus atos violentos estavam ligados ao seu desejo desenfreado por sangue.

Riva chegou a atacar pessoas desconhecidas nas ruas, sempre em busca de sangue. Ele alegou que não tinha a intenção de matar nenhuma dessas pessoas. Ele matou sua avó, pois uma voz dentro de sua cabeça alertava ele para o fato dela estar tentando se alimentar dele. Segundo essa voz o pai de James também seria um vampiro, e isso fez com que o jovem guardasse uma machado atrás da sua porta, como proteção contra seu progenitor.

Quando preso algumas fotografias de animais mortos foram encontradas no quarto de Jimmy Riva. Quando perguntado sobre a origem das fotos ele afirmou que eram seus registros de caça.

Riva teve um histórico de doença mental, e entre 1975-1978 ele passou um tempo internado em uma instituição mental.

Julgamento

Na conclusão de seu longo julgamento, o júri deliberou por três horas e considerou Rivas culpado de assassinato em segundo grau. Ele também foi considerado culpado de incêndio criminoso. Ele não demonstrou nenhuma emoção na leitura do veredicto. O Juiz Brady sentenciou James Riva à prisão perpétua em Walpole Prison sobre a acusação de assassinato, e ao mesmo tempo de dez a vinte anos por causa do incêndio criminoso.


As vozes na sua cabeça

Riva disse mais tarde aos psiquiatras sobre as vozes na sua cabeça, alertando-os sobre os cuidados que devia tomar com os vampiros. Ele foi informado que sua avó estava tentando matá-lo com um picador de gelo e que ela estava envenenando sua comida. No dia em que a matou, Riva sentiu que também iria morrer. O júri deliberou e voltou com o veredicto de culpado de homicídio doloso qualificado, sendo condenado à prisão perpétua. Na prisão, Riva parou com o desejo por sangue. Ele alegava que na prisão não conseguiria obter sangue o suficiente.

Audiência para liberdade condicional

No dia 4 de agosto de 2009, Riva, em uma audiência para uma possível liberdade condicional (segunda, pois a primeira havia sido realizada em 2004), tentou convencer o conselho de liberdade condicional e os membros da sua família ali presente que estava arrependido e recuperado. Chorando, ele disse: “A penitenciária veio da palavra penitente e você aprende a ser penitente na prisão”. Durante os últimos 29 anos, segundo ele, houve intensa terapia, o que fez com que ele deixasse de acreditar ser um vampiro e abandonar o desejo de torturar animais. Riva havia se convertido ao Islamismo.


Só pra constar aqui: Penitenciária vem do latim penitentiarius, relativo à “pena, castigo, punição”. A palavra “pena” veio de Poena, na mitologia romana, era o deus do castigo.

As notícias a respeito da audiência da condicional de Riva voltaram a trazer o assunto à mídia. Os membros mais jovens da cidade tomaram conhecimento do estranho caso do vampiro, autor de um dos crimes mais bárbaros da década de 80 na região.


O conselho de liberdade condicional e sua família não estavam tão convencidos do seu remorso, eles temiam que Riva estivesse tentando manipular o sistema para conseguir a liberdade. Além disso, ele se tornou obcecado por sua afirmação de que sua mãe, Janet S. Jones, abusou dele quando era criança e enviou cartas para ela da prisão exigindo que ela confessar ter torturado e ameaçado com afogamento quando ele era uma criança.

Em 1991, Riva cortou um funcionário da prisão com uma faca improvisada na prisão. Riva disse que não havia tomado sua medicação na hora, e isso o levou a acreditar que o oficial estava tentando entrar sua cela durante a noite para drenar seu fluido espinhal. Esse fato acabou levando os carcereiros a tratar Riva com maior cuidado. Durante a audiência eles também demonstraram ter muitas dúvidas a respeito da recuperação do vampiro de Marshfield.

A comissão não concedeu a James Riva a liberdade condicional.

Fontes: Famigerado e Murderpédia


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2 comentários:

  1. caralho, ótima notícia, adoro tudo aqui, sempre estou lendo. Esse James é um psicopata mesmo, mas já teve casos piores aqui que já li.
    Ótimo trabalho, adoro esse blog.

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    Respostas
    1. Grato pelo elogio Jhessica...seja sempre bem vinda...abraços.

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