Michael Malloy: Um cara duro de matar

em 13/08/2018


Malloy era um vagabundo de origem irlandesa da década de 30 em NovaIorque que, desafortunadamente, tornou-se amigo dos piores maus elementos que, tentando se beneficiar de sua morte, fizeram 3 seguros de vida em seu nome. Eram quatro homens chamados Murphy, Marino, Pasqua e Kriesberg, que esperavam cobrar um seguro equivalente a 60 mil dólares atuais. O que eles não sabiam é que Malloy era vaso ruim e matá-lo se mostrou uma tarefa árdua, tanto pela resistência da vítima como pela ineficiência dos criminosos.

Convido os amigos e amigas a conhecer a curiosa história desse intrépido beberrão dos anos 30.

Um cara duro de matar

Como já foi explanado acima, Murphy, Marino, Pasqua e Kriesberg fizeram 3 seguros de vida para Malloy, com a intenção de provocar a sua morte e se beneficiar do dinheiro proveniente das apólices. Mas como o assassinato devia parecer uma morte natural isso levou os criminosos a tentarem vários métodos, alguns dos quais meio estúpidos, para dar cabo a vida de Malloy.

Os meliantes inicialmente pensaram numa morte por envenenamento com álcool, um dos grandes vícios de Malloy. Essa seria uma forma oportuna para enganar a polícia e as seguradoras. Marino, que tinha uma loja de licores e outros aperitivos, teria a "bondade" de dar crédito infinito a nosso bruto herói. Pensando que ante a possibilidade de tomar tudo o que quisesse, ele morreria rapidamente.

Mas não foi bem assim, e Malloy provou ser um Hércules do mundo moderno, ou pelo menos um beberrão fantástico. Depois de tomar reiteradas vezes quantidades de álcool que envenenariam um elefante, o único efeito secundário que padeceria seria o de ir dormir por várias horas, só para se levantar e voltar a tomar tudo novamente. Isto começou a ser um grande gasto para Marino, pelo que convenceu o grupo de misturar a bebida de Malloy com anticongelante, tentando assegurar uma morte que demorava a chegar.

Depois da frustrada tentativa, tentaram misturar o vinho da vítima com veneno, e inclusive lhe ofereceram mariscos com álcool -algo que os criminosos criam venenoso-. Nada funcionava, inclusive linimento para cavalos ou terebintina misturada com vinho conseguiram derrubar o Hércules nova-iorquino. Nem sequer um sanduíche feito a partir de sardinhas podres e fragmentos de lâminas de barbear.

Tal fracasso levou os homens a buscar outra solução e numa noite de inverno na qual a temperatura conseguiu descer a uma média de -26ºC os vigaristas molharam Malloy, que novamente estava totalmente embriagado, com grande quantidade de água e deixaram-no dormindo num dos tantos parques da cidade. Mas nem o lancinante frio conseguiu vencer Malloy, que no outro dia voltou só com um resfriado.

Após esse evento os criminoso passaram a apelar para técnicas menos sutis. Eles tentaram atropelá-lo com um táxi, subornando um taxista de nome Harry Green a quem pagariam $150 dólares se conseguisse matá-lo. Depois de embriagado e inconsciente, Malloy foi levado para uma rua solitária, no qual Green, depois de acelerar por duas quadras com seu táxi, ainda errou o corpo de Malloy. Assustados, levaram o bebum a outra rua, e ali sim, conseguiram atropelá-lo. Crendo que ele estava morto, abandonaram-no no local. Mas Malloy estava vivo, e o "acidente" só lhe custaria três semanas de hospitalização por causa de seu ombro e crânio fraturado.

O final de Malloy veio logo após sair do hospital, quando depois de embriagar-se, um dos criminosos tampou sua boca com uma mangueira, afogando nosso intrépido e bebum herói.

Mas por sorte, e graças a uma particular justiça poética, matar Malloy foi tão difícil que os criminosos não deixaram de falar do sucedido, fazendo com que a notícia chegasse aos ouvidos da polícia e fossem assim presos. Marino foi condenado a prisão perpétua e o resto executados na cadeira elétrica.

Fonte: Mdig

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