A chocante história do Manicômio Letchworth Village

em 29/08/2018


Lugares abandonados são inquestionavelmente assustadores: esquecidos há tempos, caindo aos pedaços, por vezes assombrados por dolorosas memórias de medo, violência e talvez, até mesmo por fantasmas.

Entre essas localidades decrépitas, isoladas e perdidas, as mais bizarras talvez sejam aquelas que um dia funcionaram como asilos para os mentalmente perturbados. Esses são lugares que mesmo quando estavam abertos, eram carregados de uma aura densa de sofrimento, loucura, solidão e desespero. Quando estes asilos passam para o sombrio rol dos prédios abandonados, eles transcendem a noção um mero lugar esquisito para se tornarem lugares verdadeiramente aterrorizantes reverberando os horrores de seu passado. Existem muitos asilos abandonados no mundo, mas talvez aquele que ecoa a sensação mais sinistra e perceptível de um mal sempre presente, seja o Letchworth Village. Trata-se de um lugar com uma horrenda história que parece impregnar suas próprias paredes em ruínas.

O Centro de Reabilitação Letchworth Village abriu suas portas no ano de 1911 em uma agradável, silenciosa e tranquila vizinhança suburbana em Haverstraw, Nova York. Recebendo o seu nome em homenagem ao humanitário e filantropo William Pryor Letchworth, a instituição foi criada originalmente com o propósito de hospedar indivíduos física e mentalmente comprometidas. Pessoas de todas as idades eram aceitas em Letchworth, desde bebês até anciãos. Com essa proposta, o asilo abriu com as melhores intenções. Espalhando-se por uma área de 23.602 acres de uma pitoresca e imaculada paisagem, a propriedade possuía gramados verdejantes e bosques arborizados que lhe conferiam uma aura de serenidade. Mais de uma centena de prédios construídos em estilo neoclássico compunham as dependências para os internos. Letchworth foi concebido para ser um lugar mais humano e civilizado, uma alternativa para os manicômios super-lotados que eram muito comuns no período.

As instalações deveriam oferecer conforto e bem estar para seus pacientes, e para esse fim, foram definidas regras específicas consideradas revolucionárias para a época. Nenhum prédio teria mais do que dois andares de altura com uma capacidade para no máximo 70 pacientes. Os prédios também deveriam ter uma distância de pelo menos 60 metros um do outro com o objetivo de oferecer distanciamento e permitir espaço para que os internos pudessem transitar livremente e aproveitar os jardins. Adicionalmente, cada ala era separada para receber grupos com a mesma capacidade mental. A propriedade era dividida por um riacho bucólico e um bosque com carvalhos. As alas masculinas e femininas eram separadas por uma cerca. Entre os muitos prédios acessórios espalhados pelo terreno despontavam escritórios, acomodações para os enfermeiros, casas para os médicos, laboratórios, hospitais, enfermarias, cozinhas, lavanderia, biblioteca, ginásio e até mesmo um teatro. Pacientes eram encorajados a explorar todas as possibilidades, trabalhar em hortas e cuidar dos animais domésticos. As instalações eram tão avançadas, bonitas e bem cuidadas que Letchworth Village foi considerado como uma instituição modelo, laureada com prêmios e imitada em todo país.

Infelizmente, isso não iria durar. Embora tenha começado com boas intenções, são estas mesmas que pavimentam a estrada para o inferno. O tempo cuidou para que Letchworth fizesse sua descida para a escuridão e desespero.

Tudo começou com rumores de maus tratos; sussurros a respeito de crueldade com os pacientes e horrendos experimentos conduzidos nos escuros porões e nos túneis subterrâneos da propriedade. Pacientes adultos e saudáveis alegadamente eram usados como mão de obra, em geral em trabalhos pesados e perigosos como escavar túneis, construir estradas ou transportar carvão. Eles também eram forçados a realizar jornadas exaustivas de trabalho nas fazendas. Histórias a respeito de abusos cometidos pelos funcionários envolvendo agressão, punições desproporcionais e até estupro se multiplicavam. A atitude geral dos médicos e enfermeiros para os pacientes era de desdém e indiferença.


Isso pode ser verificado através de um relatório do ano de 1921, no qual um dos médicos responsáveis por uma ala masculina, o Dr. Charles Little se refere aos seus pacientes como "vagabundos estúpidos" e "vadios preguiçosos". Little registrava criteriosamente quantas horas cada paciente trabalhava e quando eles deveriam ser punidos pelas suas infrações. Cada paciente tinha que cumprir pelo menos 14 horas de serviço diário, de domingo a domingo. Little mencionava punições para aqueles que "faziam corpo mole" ou "não se dedicavam ao trabalho". Chibatadas, isolamento e surras eram algo trivial, bem como redução nas rações de alimentos caso as metas estabelecidas não fossem cumpridas. Little menciona até mesmo que cada paciente poderia ser "emprestado" para outras fazendas no complexo, mediante pagamento de uma comissão.

Ao longo dos anos boa parte dos recursos destinados a instituição foram desviados pelos seus administradores o que obrigou a direção de Letchworth a paralisar obras de expansão. Apesar disso, pacientes continuavam sendo enviados para a instituição aumentando a população da vila. No final da década de 1920, os dormitórios já estavam começando a ficar apertados, enquanto na década de 40 a população residente havia atingido o dobro da lotação adequada. Pacientes eram forçados a viver e dormir em condições insalubres, em quartos lotados, nos corredores ou mesmo no pátio. Água, comida e remédios se tornavam escassos e a distribuição era desigual. As condições cada vez piores se faziam sentir especialmente entre os pacientes mais jovens entre cinco e dezesseis anos que compunham aproximadamente 1/3 da população do sanatório.

Visitantes da instituição relatavam que as crianças pareciam desnutridas e doentes, com um comportamento atípico. Rumores de que os enfermeiros ofereciam comida estragada e que enfiavam garganta abaixo das crianças que se negavam a comer eram frequentes. As crianças recebiam roupas e cobertores esquálidos e os mais velhos se organizavam para roubar dos mais jovens, deixando-os à míngua. O mais chocante é que as famílias não se importavam com as condições das crianças. Muitas delas eram consideradas como delinquentes juvenis que haviam cometido alguma transgressão e haviam sido enviados para Letchworth para aprender disciplina. Outros haviam nascido no próprio manicômio, filhos de internas que haviam engravidado enquanto estavam sob os cuidados da instituição. Muitas dessas crianças não tinham nenhuma perturbação mental ou razão para serem isoladas, exceto que eram consideradas como indesejáveis. Muitos menores eram simplesmente esquecidos e abandonados pelos próprios pais.


Tudo isso, no entanto, era considerado como rumor e fofoca na época. O staff, composto por médicos e enfermeiros apresentavam uma face ilibada para o público, vendendo a ideia de que tudo funcionava perfeitamente bem e que a instituição operava sem problemas. Para isso, mantinham duas alas em excelentes condições que eram fotografadas e mostradas para inspetores. Qualquer preocupação era desconsiderada como mero exagero e os pacientes eram forçados a se comportar quando recebiam a visita de parentes. Aquele que tentava falar a respeito dos maus tratos, da falta de comida e dos abusos, sofria represália que podia variar, desde surras até tortura psicológica, passando por internação em solitárias e privação de alimentos.

Apenas em 1946 o público ficou sabendo de detalhes a respeito das atrozes condições atrás dos muros de Letcheworth. Um homem chamado Inving Haberman conseguiu levar uma câmera para dentro do manicômio e com ela tirou uma série de fotografias que chocaram a sociedade. As fotos demonstravam a negligência com que os pacientes eram tratados, as condições desumanas à que eram submetidos, vivendo em meio a lixo e sujeita. As fotografias mostravam ainda pacientes nus forçados a dormir ao relento. Haviam homens e mulheres subnutridos trabalhando em hortas comunais sob a supervisão de capatazes com chicotes e porretes. As refeições eram uma verdadeira miséria, compostas basicamente de pão e água.

Letchworth começou a ser chamado de "Vila dos Segredos" ou então "Vilarejo Sinistro". Mas apesar do clamor que as fotos causaram no público, Letchworth continuou em funcionamento como sempre. De fato, ele continuou a manter a boa reputação que tinha entre os profissionais de saúde que consideravam muitas das histórias como exagero. Nos anos 1950, o vilarejo já tinha mais de 4 mil pacientes e as condições de vida eram terríveis, com massas de pessoas dormindo em colchões nos corredores e até no chão.


Foi nessa época que os mais medonhos casos de abuso dos direitos humanos começaram a mostrar a sua face. Em 27 de fevereiro de 1950, os primeiros testes da vacina para a poliomielite começaram a ser testados em pacientes crianças que não sabiam o que estava acontecendo e obviamente não haviam consentido em se sujeitar aquele procedimento. Cerca de 100 pacientes entre 5 e 12 anos receberam vacinas e foram submetidos a amostragem de sangue por um período de seis meses. Esses testes demonstraram que a vacinação funcionava, e seu sucesso foi a única razão para que a indignação pública fosse de alguma forma diminuída. Alguns médicos da instituição defendiam abertamente que os pacientes deveriam ser usados para o teste de drogas úteis à sociedade, já que eles eram "perfeitamente descartáveis".

Os testes com drogas experimentais não pararam por aí e logo, outras vacinas e drogas experimentais que careciam de testes começaram a ser ministradas nas cobaias humanas. Havia o persistente rumor de que amostras de sangue, líquido espinhal e até de material cerebral eram coletados contra a vontade dos pacientes. Boatos davam conta de que grandes laboratórios e companhias farmacêuticas influentes pagavam uma taxa para que drogas fossem dadas aos pacientes, burlando assim as leis e regras estabelecidas.

Letchworth Village permaneceu em operação a despeito de todas as evidências de que inúmeras atrocidades aconteciam em seu interior. Apenas em 1972, o Jornal da Rede de Televisão ABC deu início a uma grande reportagem intitulada "Willowbrook: A Última Grande Desgraça", que buscava investigar as condições dos asilos e manicômios no estado de Nova York. O documentário dedicou a maior parte de sua atenção ao Sanatório Willowbrook em Staten Island, mas também se referiu a outras instituições como Letchworth Village.


O Repórter Geraldo Rivera descobriu que as condições em Letchworth eram "abomináveis e cruéis", com tratamento desumano, sujeira, super lotação, falta de higiene e negligência das necessidades mais básicas dos internos. A reportagem também mostrou que a equipe da instituição era incapaz de cuidar daquela quantidade de pessoas, muitos dos enfermeiros não recebiam treinamento e não tinham qualquer interesse quanto a integridade dos que estavam sob seus cuidados. Havia agressão, e abusos de toda natureza acontecendo naquele lugar.

A filmagem feita em segredo mostrava uma retrato miserável da instituição que ainda gozava de considerável prestígio entre médicos. Nas imagens em preto e banco, homens e mulheres sem roupa deitavam no chão, crianças gritavam e choravam sem parar, pessoas com dificuldades de locomoção se arrastavam no chão imundo, havia sujeira e lixo em toda parte, excremento e insetos. A reportagem de Rivera definiu a situação comparando as condições do lugar com campos de concentração nazistas na Segunda Guerra. Os internos literalmente aguardavam a morte, definhando em meio a fome e doença. As pobres almas que habitavam os corredores e pátios se acotovelavam uns com os outros, implorando por ajuda que nunca vinha. Pareciam fantasmas magros e nus.

Rivera relatou durante a transmissão: "Eu posso mostrar como se parece o interior desse lugar. Posso mostrar como o lugar soa, com sua algazarra de gritos e lamentos. Mas eu não posso lhes dizer como é o cheiro. É um fedor de sujeira, de doença e de morte indescritível".


O documentário contundente serviu para abrir os olhos das pessoas a respeito das condições de instituições de saúde mental e permitir que reformas fossem feitas no campo. Mas apesar de tudo, Letchworth Village ainda continuou em operação. Com sua reputação irremediavelmente arranhada, o sanatório ainda recebia verba pública e operava com uma população de pacientes muito acima do estabelecido. Histórias sinistras continuaram a ser contadas sobre o manicômio, muitas delas aterrorizantes demais para serem levadas à sério.


Em 1996, após décadas de protestos e campanhas de direitos humanos pleiteando sua desativação, Letchworth finalmente teve as suas portas fechadas por uma ordem judicial. Os pacientes começaram a ser relocados para outras instituições e enviados para asilos que pudessem recebê-los e oferecer um tratamento digno. Surpreendentemente uma nova avaliação dos internos resultou na liberação de quase 25% dos pacientes que poderiam ser liberados para o convívio social e reintegração se tivessem sido meramente entrevistados por um profissional. Depois soube-se que muitos dos pacientes não sofriam de qualquer perturbação mental e que seu lugar não era atrás daqueles muros infernais.

Em 1998 Letchworth Village fechou de uma vez por todas e os últimos pacientes a ocupar o terreno foram escoltados para fora. O silêncio então recaiu sobre o terreno pela primeira vez em mais de 80 anos.


Nos anos seguintes, parte da propriedade que compunha o complexo de Letchworth foi vendida e remodelada para se tornar um campo de golfe e escola, mas boa parte das terras e estruturas foram simplesmente abandonadas e deixadas para apodrecer. A natureza foi rápida em reclamar os velhos prédios lançando vinhas sobre as fachadas e espalhando ervas daninhas e mato sobre os jardins. As janelas e portas das construções foram fechadas com tábuas e placas de "Proibida a entrada". Arame farpado foi espalhado ao longo da área para impedir o acesso de estranhos. Ainda assim, boa parte do que restou acabou sendo vandalizado e invadido.

Por dentro, os salões e quartos parecem ter sido abandonados repentinamente, com camas enferrujadas e colchões embolorados no lugar onde foram deixados. Também existem fotos antigas, roupas descartadas, objetos pessoais, sapatos e outros itens que foram simplesmente largados no chão. Quadros ainda estão pendurados nas paredes com imagens que lentamente vão desbotando. Em alguns quartos, televisões com a tela rachada parecem esperar alguém que venha assisti-las. Equipamento médico ultrapassado foi simplesmente deixado nas salas de exame e laboratórios para se deteriorar. Pastas e prontuários médicos recobrem o chão de uma sala que servia como arquivo, as gavetas dos armários foram abertas há muito tempo e jamais fechadas. Na enfermaria, macas estão jogadas de lado, caixas de papelão contém restos de embalagens de drogas vencidas. Tudo parece perdido, parado no tempo e espaço.

Muitas pessoas que visitavam as ruínas do Vilarejo de Letchworth o faziam por curiosidade. Vinham para explorar os restos decadentes de uma Instituição que por muito tempo hospedou milhares de pessoas e que agora se encontrava vazia. Ou quase... muitos dos que vem até o manicômio mencionam uma sensação desagradável, como se pesasse sobre estes restos carcomidos uma pesada aura de tristeza e desolação.

Os mais sensíveis sentiam que as memórias retidas nessas paredes podiam afetá-los. Talvez não estejam errados em pensar assim. O Vilarejo de Letchworth parece uma ferida aberta que jamais cicatriza.


A cerca de meia milha de distância das ruínas encontra-se o ponto que concentra a maior parte dos temores e rumores a respeito do manicômio. Uma estrada triste e tortuosa, margeada por ciprestes esquálidos conduz até o antigo cemitério de Letchworth Village, onde os pacientes que morriam eram sepultados. É um lugar cinzento, com um número anormal de pequenas placas de madeira pintadas de branco colocadas lado a lado no que mais parece um barranco lamacento do que um cemitério. A maior parte das sepulturas não possuem identificação, permanecendo anônimas. Algumas tem números pintados, porque na época as famílias não queriam que seus nomes fossem associados com indivíduos trancafiados em instituições mentais.

Uma pedra memorial na entrada do cemitério possui uma inscrição gravada em ferro batido onde se lê: "Em memória daqueles que não serão esquecidos", seguido dos nomes de pouco mais de uma centena de pacientes. Observando rapidamente é possível inferir que há muito mais sepulturas do que nomes e que, portanto, muitas pessoas foram enterradas anonimamente. Uma vez que não há visitantes para chorar ou prantear esses mortos, a frase no memorial parece horrivelmente deslocada. Estes mortos foram sim esquecidos, e ninguém quer lembrar deles. Quando as autoridades decidiram desativar o manicômio deu aos parentes a oportunidade de pedir a exumação e transferência dos restos mortais para outros cemitérios, onde poderiam ser visitados. Apenas 5% dos corpos foram removidos, os outros foram simplesmente deixados onde estavam: uma multidão sem nome. Ossos sem dono!


Os únicos que vem até o velho cemitério são o pessoal da manutenção que duas vezes ao ano cortam a grama e aparam o mato. Mesmo vagabundos e andarilhos tendem a evitar esse jardim mortuário onde crescem apenas maus agouros. Diferente da estrutura principal onde há pichações e depredação por todo canto, o cemitério permanece quase intocado. Nem mesmo os vândalos ocasionais que invadem qualquer ambiente para deixar nele suas "marcas" desafiam a aura pesada desse lugar e o evitam como um todo.

Considerando a atmosfera esquisita desse lugar dilapidado e o histórico de sofrimento humano, você deve supor que não faltam rumores a respeito de alegadas assombrações e presenças fantasmagóricas nessas ruínas. A lista de fenômenos bizarros e fenômenos inexplicáveis em Letchworth Village é longa.

Visitantes relataram ter sentido presenças etéreas e invisíveis, formas espectrais observando e outras sensações desagradáveis. Sons produzidos no interior e nas imediações das ruínas também dão ensejo a muitas narrativas que incluem sussurros, gemidos, gritos, gargalhadas, choro e outros ruídos que parecem ter sido produzidos por humanos. O som de móveis sendo arrastados, portas batendo e escadas rangendo também são bem comuns. Alguns aposentos se tornam repentinamente gelados, mesmo no meio do dia e durante o alto verão. Fala-se de odores nauseantes, cheiro de sangue e podridão exalando das próprias paredes arranhadas.


Há ainda muitos fenômenos de aparições. O espírito de crianças parecem ser particularmente ativos, acompanhados de risadas misteriosas e objetos flutuando. Globos luminosos que flutuam pelas passagens e corredores desaparecendo misteriosamente, além de sombras escuras que escorrem pelas paredes são vistas com frequência alarmante. Por vezes esses fantasmas aparecem de corpo inteiro flutuando ou vagando sem destino pelo pátio. Na maioria das vezes eles são descritos como indivíduos confusos e cheios de raiva que avançam na direção das testemunhas, ofendendo e xingando. Tais aparições são tão furiosas que chegam a interagir com o mundo físico empurrando, puxando, arranhando ou mesmo mordendo as pessoas.

Um grupo de exploradores do paranormal trabalhando para uma revista afirmou ter encontrado uma aparição aterrorizante pertencente a um homem negro com quase dois metros de altura. A figura se arrastava pelo chão emitindo um ruído semelhante a um guincho e lamentos profundos, seus olhos eram brancos e sem vida. Quando ele se deparou com o grupo, avançou na direção deles gritando. O grupo em questão ficou tão aterrorizado com a visão que desistiu de prosseguir na sua exploração.

Há muitos boatos a respeito da antiga capela da instituição que ficou fechada de 1987 até o encerramento das atividades do manicômio. A Capela sempre foi considerada assombrada, mesmo quando o lugar estava em funcionamento e ex-funcionários relatam que mesmo lacrada, ouvia-se o som de passos e de bancos se arrastando em seu interior. Havia um persistente rumor de que o lugar foi usado nos anos 1930 para celebrações satânicas. Depois de um escândalo envolvendo uma dessas alegadas missas negras, um diretor ordenou que a capela fosse desativada e as portas lacradas. Há motivos para crer que as portas não tenham sido abertas desde então, mas ainda assim alguns afirmam ouvir sons vindos de seu interior.

Outra ala particularmente assombrada, com uma enorme incidência de aparições e sons anormais é o hospital. Várias fotos, vídeos e gravações de sons foram feitos no interior do prédio que funcionava coo unidade de tratamento em Letchworth Village. Talvez a mais conhecida investigação paranormal conduzida nas ruínas tenha sido realizada pelo programa Ghost Adventures. Durante a gravação, a equipe teria experimentado todo tipo de fenômeno inexplicável, captando ruídos e leituras estranhas com seu equipamento sensível. Um dos apresentadores chegou a sentir um forte "ataque psíquico" que quase o fez desmaiar. A aura de Letchworth, conclui um dos apresnetadores era capaz de causar um mal estar físico e emocional.


Atualmente a área tem passado por uma série de transformações e melhorias que visam afastar os fantasmas do passado. Há planos para demolir as últimas estruturas e transformar a área em um parque municipal. Pessoas fazendo exercícios e passeando com cães são algo comum nos arredores, bem como áreas de piquenique vizinhas ao muro que isola as ruínas da instituição. Existe uma pesada multa para quem é pego invadindo a propriedade. Placas avisam sobre os riscos e alertam que invasores serão processados com todo rigor.

Durante a noite as pessoas tendem a evitar a área que decaiu e se transformou em ponto de encontro de drogados. A polícia costuma realizar patrulhas, não hesitando em abordar qualquer pessoa que esteja em atividade suspeita. Apenas nem 2016, mais de 20 pessoas foram presas por tentar invadir as ruínas e visitar o antigo manicômio. É difícil imaginar quem poderia querer entrar nas ruínas durante a noite, mas sempre há curiosos e entusiastas do paranormal que o fazem.


Não há como negar que Letchworth é um lugar estranho e aterrorizante. Sua história é repleta de agonia e sofrimento que perduram até hoje, mas será que os restos são realmente assombrados? Será que os espíritos dos pobres pacientes continuam aprisionados atrás de suas paredes prestes a desmoronar? Seriam os rumores mera superstição e folclore ou eles contam a verdadeira história da instituição? Será possível que toda agonia e desespero fermentaram uma mistura bizarra que continua confinada em seus limites?

Sejam quais forem as respostas para essas perguntas de uma coisa podemos ter certeza, lugares abandonados são naturalmente assustadores, mas quando se trata de ruínas realmente apavorantes, poucas chegam aos pés de Letchworth Village.

Fonte: Mundo Tentacular

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2 comentários:

  1. A história desses lugares causam-me uma revolta...

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  2. Revoltante, parece que em toda história da humanidade tem sempre quem se aproveita de gente indefesa

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