O sabbath das bruxas

em 22/03/2018


Embora sua existência nunca tenha sido comprovada, ritual citado em documentos da Idade Média seria uma cerimônia de bruxas para cultuar o diabo. A matéria abaixo trás algumas informações a respeito do mito sobre o sabbath das bruxas de acordo a documentos e livros como por exemplo: As Bruxas e o Seu Mundo, de Julio Caro Baroja, Enciclopédia do Ocultismo: As Ciências Proibidas – Satanismo e Bruxaria, vários autores, e Bruxaria e História: As Práticas Mágicas no Ocidente Cristão, de Carlos Roberto F. Nogueira.

Vale lembrar que muitos documentos históricos foram escritos baseados em superstições e conhecimento popular da época, ou baseados em confissões de bruxas, obtidas durante a inquisição, após as acusadas de bruxaria terem sido duramente torturadas. Ou seja, a veracidade de muitos desses relatos pode ser questionada.

Embora não se possa comprovar a veracidade dos fatos descritos nesses documentos, e por consequência na matéria abaixo, ainda considero interessante o assunto, até porque muitas vezes podemos ver representações baseadas nesse estereótipo no cinema. Convido os amigos e amigas a conferirem um pouco mais a respeito desse assunto na matéria a seguir, onde vocês também poderão encontrar links para outros assuntos ligados ao tema bruxaria.

O que diz o mito do sabbath das bruxas

O sabbath das bruxas supostamente era uma celebração realizada por bruxos na presença do diabo. No século 14, durante o período inquisitorial na Europa, o sabbath foi citado em processos do Santo Ofício por confissões feitas sob tortura e por testemunhos de membros do clero e de populares incitados pelo medo ou pela ignorância.

Segundo os relatos, a cerimônia das bruxas (a grande maioria era do sexo feminino) consistia em diversos ritos malignos que ocorriam durante a madrugada. O objetivo seria cultuar o diabo (o anfitrião) e desprezar a Deus. Orgias, canibalismo e subversão dos dogmas da Igreja estariam entre os atos praticados. O nome sabbath deriva de “shabbat” – influência da forte onda antijudaísmo da época. Embora a história do ritual sobreviva há séculos, nunca houve qualquer prova consistente que afirmasse sua existência. A “Sinfonia Fantástica, de Berlioz, e quadros do pintor Francisco Goya foram inspirados no ritual.

Reunião das Bruxas

Verdade ou não, o sabbath ainda provoca arrepio com sua tradição diabólica. Entre os relatos sobre a aparência do diabo, a mais popular é a forma animalesca de bode: barbicha, patas fendidas, chifres, pele rugosa e seios à mostra. As referências seriam o deus grego Pã e o deus celta Cernunnos (Clique AQUI e acesse a matéria especial que publicamos a respeito desse assunto).

Durante a Missa Negra (clique AQUI para saber mais a respeito), um cerimonialista recita orações ao demônio em um altar humano. No ponto alto das subversões, a hóstia branca da comunhão era substituída por um rabanete negro.

O banquete simboliza a união entre as bruxas e o tinhoso. Elas podiam cometer a gula com os mais finos pratos e licores. Mas nenhuma comida podia ser salgada: com poder exorcista, o sal não agradava o mestre.

Ainda corrompendo os costumes religiosos, as bruxas contavam ao diabo toda a maldade que conseguiram fazer até ali: abortos, envenenamento do gado, destruição de plantações e encantos amorosos. Tudo isso foi negado, até a morte, pelas acusadas durante os julgamentos da Inquisição.

O último ato incluía uma dança enlouquecida das bruxas, que diziam ter seu corpo possuído por diversos demônios. Nesse momento, ocorriam as práticas sexuais que duravam até o amanhecer, como orgias entre as participantes e relação carnal com o próprio diabo – ato que equivaleria ao batismo cristão.

Antes de começarem, as mulheres faziam uma preparação: tiravam a roupa em frente a uma fogueira e passavam unguento no corpo. Depois, ingeriam um pó feito à base de plantas como beladona e acônito (ambas com alto grau de toxidade), que tinham um efeito alucinógeno. Tudo era presidido pelo diabo em pessoa.

O ritual acontecia sempre na noite de sexta-feira e acabava ao amanhecer. O local escolhido era sempre afastado dos centros urbanos – ruínas antigas e sítios megalíticos (com monumentos rochosos feitos por culturas pré-históricas) eram os favoritos. Diversas florestas, ilhas e montanhas na Europa foram apontadas como locais de celebração.

Fonte: Mundo Estranho

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