Esta poderia ser a evidência astronômica de que os universos paralelos existem

em 07/02/2018


A ideia dos universos paralelos foi por muito tempo só imaginária, uma espécie de construção metafórica alimentada pela fantasia de nosso pensamento. Depois, com a chegada de disciplinas como a astrofísica e os desenvolvimentos quânticos da física, a ideia adquiriu outra faceta e começou a ser considerada uma possibilidade real. A física teórica tem aventurado com as ideias da multidimensionalidade e os multiversos, às vezes esgrimindo argumentos da teoria de cordas, a da relatividade e da quântica.

Em muitos desses modelos tudo pareceria indicar que o universo que conhecemos é só um dentre muitos não possíveis senão existentes, ainda que velados a nossos recursos de percepção.

É possível, no entanto, que a ciência esteja próxima a passar da teoria à verificação. Recentemente, um grupo de cientistas da Sociedade Astronômica Real do Reino Unido revelou o que até agora parece ser a evidência mais fidedigna da existência de multiversos: um "ponto gelado" ("cold spot") com 13 bilhões de anos de antiguidade, a 1,8 bilhões de anos luz de distância e que leva esse nome porque sua temperatura é 0.00015 graus centígrados menor que tudo o que lhe rodeia.

Este ponto de vazio no universo foi notado pela primeira vez em 2004 pelo satélite WMAP da NASA; depois, em 2013, a missão Planck da Agência Espacial Européia confirmou sua presença.

Por que este "ponto frio" pode ser tão relevante? Em poucas palavras, porque a teoria regular da origem do universo (isto é, a teoria do Big Bang e o que isso implica) não é capaz de explicar sua existência.

A comunidade científica especializada se debate entre se este achado questiona ou não a maneira em que até agora entendemos como formação do universo. Por um lado há os que sustentam que o "ponto frio" não é mais que uma ilusão óptica provocada pela falta de galáxias. Outros, no entanto, com mais atrevimento, propõem outras respostas.

Tom Shanks, por exemplo, professor na Universidade de Durham, em uma explicação que qualifica de "exótica", considera que o "ponto frio" poderia ter sua origem na colisão entre nosso universo e uma bolha de outro universo.

Se isto for confirmado, Stuart Clark, doutor em astronomia, acha que então a física nunca chegará a explicar a natureza do universo, pois a ideia de que existem outros universos paralelos a este em que vivemos supõe que as leis da física que chegamos a compreender e sistematizar são válidas unicamente para esta realidade, mas não para outras, onde podem existir com mínimas ou grandes variações.

E esse problema, em certo sentido, parece a menor das conseqüências.

Fonte: Mdig

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