O exorcismo de Robbie Mannheim, e o filme "O Exorcista"

em 16/04/2013


O texto abaixo fala da lenda (sim lenda pois essa história nunca foi provada, mesmo depois de diversos relatos de pessoas supostamente envolvidas), que deu origem a história do filme "O Exorcista". Acredito que não seja necessário fazer maiores comentários a respeito do filme, afinal ele é um dos filmes de terror mais conhecidos, e para a sua época foi um filme extremamente controverso e perturbador.


Ao contrário do filme, nesse caso a vítima era um menino, Robbie Mannheim (também conhecido como Roland Doe em algumas fontes), era um garoto comum de uma típica família luterana dos anos 40, que gostava de jogos e histórias em quadrinhos. Sendo filho único, acabava ficando a maior parte do seu tempo com adultos, que geralmente eram sua única companhia.

Mannhein ficava grande parte do seu tempo com sua tia Harriet, que tratava seu sobrinho mais como um amigo do que como sobrinho. Sua tia tinha um Tabuleiro Ouija, para contatar os entes queridos que já faleceram e, quando Robbie demonstrou interesse em aprender a respeito, ela lhe ensinou como aquilo funcionava. O assunto interessou bastante garoto, que acabou tendo um tabuleiro em casa. O garoto fazia uso do seu "brinquedo", com grande frequência.

A partir de 1949, coisas estranhas começaram a acontecer na casa de Robbie. Primeiro, sons de goteira que vinham de lugar nenhum e continuavam ininterruptamente. Ao tentar investigar de onde vinham os sons, Robbie e sua vó não encontraram nada; mas alegam que em dado momento, uma pintura de Cristo que havia na casa começou a tremer sem motivo aparente. Mais tarde, este barulho cessara, mas daria origem a novos ruídos de batidas e arranhadas, que os pais de Robbie atribuíram à ratos. Mas apesar de uma longa busca, o pai de Robbie não conseguiu encontrar nenhum roedor na casa.

Onze dias depois destes incidentes, Harriet, tia de Robbie e sua grande amiga falece, o que deixou garoto devastado. Os pesquisadores do assunto alegam que o garoto tentou usar seu tabuleiro Ouija para contactar sua tia, e talvez isto tenha levado à subseqüente possessão. Nos dias posteriores, a família passou a ser alvo de atividades paranormais de poltergeist, onde móveis e artefatos ao redor se moviam sozinhas sem nenhuma explicação. O fenômeno, segundo algumas fontes, não se limitava apenas à casa, e parecia estar ligado ao garoto, uma vez que incidentes semelhantes ocorriam também em outros locais onde ele estava (como na escola, por exemplo).

De acordo com o depoimento do Reverendo Luther Miles Schulze, o garoto foi examinado por médicos e psiquiatras, que não conseguiram encontrar respostas científicas para os fenômenos, e foi aí que a família, desesperada, se voltou para o Reverendo em busca de ajuda.

O garoto ficou em observação, onde foram observados outros tipos de fenômenos, inclusive durante o sono. Como as atividades poltergeist continuaram, o reverendo se convenceu que haviam forças sobrenaturais atuando e decidiu por realizar um exorcismo.

Ainda segundo a história conhecida e coletada pelos supostos envolvidos, Robbie foi levado para a Igreja Anglicana, onde foi submetido a um processo de exorcismo. Durante esse processo, o garoto acabou ferindo o padre, que enviou o garoto de volta para casa. Em casa, outros fenômenos ocorreram. O garoto gritava incessantemente e em dado momento foi possível ler a palavra “Saint Louis” escrita em sangue em seu peito. Após isso, a família foi de trem para St. Louis, onde acabaram entrando em contato com o padre William S. Bowdern, que ao observar os eventos relacionados ao garoto (entre eles, a aversão à objetos sagrados para o catolicismo, a cama que chacoalhava, objetos voadores e Robbie falando línguas desconhecidas – que o padre atribuiu à linguagens demoníacas), solicitou à arquidiocese a permissão para praticar o exorcismo no garoto. O exorcismo foi aprovado, nas seguintes condições: O próprio padre seria o responsável pelo exorcismo, deveria manter atualizado um diário para registrar os eventos e deveria manter em segredo o local onde o exorcismo seria realizado.

No total, foram realizados cerca de 30 rituais de exorcismo num período de 2 meses, os quais foram acompanhados de diversos eventos alegadamente inexplicáveis, como a cama que se movia sozinha, um recipiente de água benta que pairava no ar, palavras como “Evil” – mal – e “Hell” – inferno, apareciam esporadicamente no corpo do garoto e ele falava com tom de voz que não era o dele). Quando perguntaram para o suposto espírito quando ele iria embora, ele respondeu que só iria quando Robbie proferisse as palavras certas. Eventualmente, o garoto proferiu as palavras "Christus, Domini", e ouviram-se ruídos e barulhos altos por todo o local. Após isso, tudo parecia estar acabado. O local onde ocorreu o exorcismo foi selado para que ninguém pudesse entrar.

Fontes alegam que, após isso, a família nunca mais fora atormentada novamente. Robbie cresceu feliz e normal, casando-se e ornando-se um pai de família.

Obviamente, muitos aspectos desta história até hoje estão sob discussão. Um pesquisador alega que encontrou evidências de que o tal exorcismo nunca ocorreu realmente, e que o próprio padre envolvido nos eventos dia que as coisas não foram bem assim, e inclusive alguns amigos de Robbie alegaram que os eventos eram exagerados e muitas das coisas que aconteceram podiam ser facilmente explicadas.

Os psiquiatras, obviamente, possuem suas próprias explicações para os fenômenos, entre elas Transtornos de Múltiplas Personalidades,Síndrome de Tourette, esquizofrenia, Automatismo, Transtorno Compulsivo-obsessivo, histeria coletiva e até abuso sexual. Até hoje a história permanece inexplicada e não se sabe quais dos eventos realmente aconteceram e quais foram invenção. Nota-se, no entanto uma forte influência das crenças cristãs dos envolvidos, o que pode ter prejudicado o julgamento deles dos eventos, mas é aquela coisa, nunca se sabe.

Curiosidades:
- Robbie Mannheim/Roland Doe não são os nomes reais do garoto. O nome real sempre foi mantido em segredo, e até hoje não se sabe nada sobre a família, de onde vieram, e se ainda existem parentes vivos – ou se o próprio garoto ainda está vivo.

- O nome Robbie Mannhein foi dado pelo primeiro pesquisador do caso, Thomas Allen;

- Saint Louis é uma cidade americana do Missouri, onde Harriet, tia de Robbie faleceu;

- Christus, Domini, em Latim que dizer "Cristo, o Senhor".

Fonte: Uaréva.

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5 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Bem... a amiga Rê que escreveu o comentário acima, mas infelizmente ela excluiu o comentário, está certa em relação a sua reclamação, portanto já atualizei o texto e corrigi o que ela havia me solicitado. Eu havia chamado o povo que pesquisou o assunto de Historiadores, quando na verdade eu deveria chama-los de pesquisadores, afinal eu não tenho como saber se os envolvidos de fato eram pessoas formadas em história. Obrigado a amiga que me alertou para isso...

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  3. Isso tudo é uma grande bobagem.
    O que acontece quando você vê um fato que não consegue explicar ?
    o que aconteceria se você ligasse um rádio para um índio que nunca teve contato com a civilização ? ele iria achar que é algo "sobrenatural" certo ?
    E essa história do "exorcismo" nunca aconteceu,evidentemente, é tudo invenção do tal padre só pra atrair mídia positiva pra a igreja. A mesma igreja que torturava e matava pessoas inocentes alguns séculos atrás.

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    1. Exorcismo é verdadeiro mas não existe tanto relatos porque a igreja mantem isso em segredo.

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  4. Tou lendo o livro de Thomas B. Allen e o nome do garoto é Robert.

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