O caso da Passagem Donner: Quando os pioneiros norte americanos tiveram que apelar para o canibalismo

em 26/08/2019


O caso da Passagem Donner e os atos de canibalismo que aconteceram no local é uma das histórias mais emblemáticas do expansionismo norte americano, sendo frequentemente citado em livros e filmes. Abaixo os amigos e amigas poderão saber um pouco mais a respeito desse terrível incidente.

Na Califórnia, quando os pioneiros do comboio que havia deixado Illinois não chegaram na data combinada, imediatamente temeu-se pelo pior. Nesse caso, o pior podia ser muitas coisas: desde se perder no deserto, até ser atacado por nativos, ser vítima da investida de bandoleiros ou até mesmo padecer de alguma doença. No ano de 1846, uma jornada através da América envolvia perigos extremos e riscos incalculáveis.

Havia o temor de que a caravana jamais chegaria e alguns acreditavam que ela pudesse ter se perdido nas Montanhas de Sierra Nevada, um dos lugares críticos da travessia. As montanhas eram um verdadeiro labirinto de trilhas e cânions que demandavam ter conhecimento do terreno para se guiar pelo caminho correto.

Assim que o clima permitiu, um grupo de resgate partiu para tentar encontrá-los. A neve ainda estava alta, mas não eram mais os 6 metros que as nevascas haviam tratado de acumular. Muitos acreditavam que a missão estava fadada ao fracasso. Não seria a primeira vez que um vagão de comboio se perdia na travessia. Não seria tampouco a última.

Mas o que o grupo de resgate encontrou nas montanhas foi muito mais apavorante do que simples cadáveres soterrados.

Os corpos estavam lá, mas eles apresentavam estranhos sinais. Faltavam membros e órgãos, havia sinais de que teriam sido cortados e de alguma forma desmembrados. Animal algum seria capaz daquilo, e isso era o mais assustador. Quando os homens encontraram três crianças sentadas na entrada de uma casa, elas não reagiram. Apenas os olharam com expressões perdidas, como se vissem através deles ou os tratassem como fantasmas. Não reagiram sequer quando chamadas.

Dentro da cabana rústica, usada como abrigo ao longo de meses, encontraram os primeiros adultos, com expressões igualmente distantes. Estavam magros, pálidos e tristes, mas vivos.


Contudo, quando um dos homens que veio resgatá-los perguntou como haviam conseguido aquela proeza - resistir a um dos mais rigorosos invernos da história, uma das mulheres simplesmente começou a chorar de maneira convulsiva.

Nas horas que se seguiram à chegada do grupo de resgate, estes se depararam com sinais inequívocos do que havia acontecido naquele acampamento improvisado nos limites da civilização. E o que aquelas pessoas haviam feito para sobreviver.

A Expedição Donner, uma caravana de comboio partiu de Illinois com o intuito de chegar à California. Ele foi o pior e na época, o mais famoso desastre da grande marcha para o Oeste que marcou o século XIX.

Das 87 pessoas que compunham a caravana - metade destas com menos de 18 anos de idade, 41 pereceram. Entretanto, nenhuma teria sobrevivido se para perseverar eles não tivessem quebrado o maior de todos os tabus. O Incidente Donner se tornou conhecido por ser o mais sinistro caso de canibalismo em massa ocorrido na história da América.

Por anos, entretanto, existiu uma incerteza no que diz respeito a escala da catástrofe, em grande parte porque a maioria das pessoas que tomaram parte dos acontecimentos se recusava a falar a respeito do que de fato aconteceu. Outros insistiam em negar o canibalismo e afirmavam que ele jamais havia sido praticado.

Seus descendentes insistiram que a história havia sofrido deturbação nas mãos de repórteres que venderam os acontecimentos de maneira sensacionalista. É inegável que o acontecimento foi explorado, mas parece óbvio que os fatos falam por si. De que outra forma eles teriam resistido?


Pesquisas exaustivas em diários e correspondência, escritas pelos sobreviventes e testemunhas, concluíram que sem dúvida a vasta maioria dos 46 sobreviventes recorreram a carne humana. Muitos preferiam esquecer ou sofriam remorso ou vergonha de seus atos. Compreensivelmente alguns preferiam simplesmente tentar esquecer... como se tal coisa fosse possível.

Ironicamente, a maioria dos pioneiros afligidos por aquela situação desesperadora acreditavam em Destino-Manifesto, a crença de que os Anglo-Americanos eram uma espécie de povo escolhido por Deus, destinados a levar a civilização aos cantos mais distantes do Continentes. Acreditavam também que nada poderia detê-los, nem mesmo as dificuldades enfrentadas. O quão amarga foi a ironia de que eles, "aqueles destinados a civilizar", para sobreviver tenham recorrido a "selvageria" e a "quebra de um dos maiores dogmas da humanidade".

A saga da Expedição teve início em abril de 1846 quando um grupo de imigrantes vindos da Inglaterra, Escócia, Irlanda e da Alemanha se juntou com o objetivo de formar um Comboio de Caravana rumo ao Oeste. Eles deixariam a cidade de Springfield, Illinois, esperando cruzar boa parte do continente e chegar à Califórnia. Esse território, originalmente pertencente ao México havia acabado de ser anexado pelos Estados Unidos e havia rumores de riqueza e fartura. Antes porém era preciso empreender a jornada e chegar lá.

A travessia era obviamente algo complicado e perigoso. Não havia uma passagem marítima e a viagem pelo mar exigia contornar os limites da América do Sul até atingir o Pacífico, outra viagem extremamente cara e arriscada. Para a maioria dos pioneiros, a única saída era pegar a estrada e torcer para não encontrar nenhum obstáculo que se mostrasse intransponível.

O comboio era liderado por duas famílias prósperas, os Donners e os Reeds que haviam chegado da Inglaterra e do Norte da Irlanda e que patrocinaram a expedição. Aqueles que se juntavam a ela tinham de contribuir com um determinado valor e trabalhar arduamente pelo objetivo comum. Conduzir as carroças, promover segurança, caçar, alimentar os animais... não faltavam obrigações de sol à sol. Só assim, com o comprometimento de todos, uma caravana podia ter sucesso.

Segundo os historiadores, James Reed, o patriarca da família, quase mudou o curso da história americana ao tentar persuadir um jovem advogado chamado Abraham Lincoln a se juntar à jornada. O futuro presidente dos Estados Unidos desejava migrar para a Califórnia, mas estava começando família e possuía ambições políticas. Ele decidiu não ir, embora sua esposa tenha visto a partida da caravana e abanado desejando-lhes sorte. Ela viu a carroça dos Reed desaparecer no horizonte, puxada por um grande cavalo cinza chamado Glaucus, batizado assim - ironicamente, em homenagem ao nobre grego da mitologia que alimentava seus cavalos com carne humana para torná-los mais fortes.

Foi James Reed que, meses mais tarde, ofereceu a ideia de seguir por um tipo de atalho que lhes teria sido indicado por uma tribo de nativos amistosos. É provável que eles tenham entendido as informações erroneamente, a trilha conhecida como Hastings Cutoff, os conduziu através do Grande Deserto de Salt Lake em Utah.

Esse foi o primeiro erro já que adicionou semanas à jornada e fez com que, ao chegar à Sierra Nevada, seus suprimentos já estivessem reduzidos. Mesmo assim, eles decidiram seguir adiante acreditando que haveria tempo de cruzar as montanhas antes das primeiras nevascas começarem a cair. Esse foi o seu segundo erro.

A região onde a Expedição buscou abrigo
A caravana poderia ter parado na base da montanha ou contornado para se refugiar durante o inverno em um lugar seguro, mas talvez os membros acreditassem ter tempo. Possivelmente eles também temiam se arruinar se fossem obrigados a passar meses parados.

Seja como for, a caravana começou a ascender a montanha e fez um bom avanço até ser atingida em cheio por uma monstruosa nevasca em 28 de outubro. Cerca de 59 membros da expedição conseguiram localizar algumas cabanas próximas do Lago Tuskee (atualmente Lago Donner) onde se refugiaram. Enquanto isso, os demais foram capturados pela neve e tiveram de erguer abrigos improvisados que eventualmente foram soterrados por seis metros de neve. A situação era dramática!

Quando a nevasca parou, eles se viram diante de um ambiente totalmente diferente. Tudo havia desaparecido sob um manto de branco imaculado: as trilhas, os caminhos e os marcos estavam debaixo da neve. Pior ainda, não havia nada para caçar.

Nas primeiras semanas imobilizados, eles tiveram de lidar com novas nevascas que os impediram de avançar. Para sobreviver acabaram matando bois que puxavam as carroças. Depois foi a vez de cavalos e até cães. Finalmente quando não havia mais nada, recorreram aos ratos que conseguiam capturar. Mas logo estes também terminaram... restava ferver as peles e o couro das roupas e comer.

Encarando a fome, um grupo de nove homens, cinco mulheres e um menino, e que incluía dois guias nativos, decidiram depois de seis semanas improvisar sapatos de neve e casacos para tentar cruzar a montanha e atingir o Vale de Sacramento. Era algo muito arriscado pois existia o risco de deslizamentos e avalanches. Além disso, o caminho podia estar bloqueado.

Monumento que atualmente se encontra no Lago Donner
O grupo, que depois passou a ser chamado de "Vã Esperança" não tinha bússola, mapa e possuía um único rifle. Cegos pela neve, enfraquecidos pelo esforço e sentindo os efeitos da altitude, eles logo começaram a sucumbir ao congelamento e hipotermia. Além disso, logo ficou claro que estavam perdidos.

Parecia claro que iam morrer de fome e exaustão. Um dos homens sugeriu então uma solução extrema. Um deles teria de se sacrificar para que sua carne servisse de sustento para os demais. O silêncio recaiu sobre todos e eles se perguntaram como iam escolher. O grupo não foi capaz de decidir quem seria a vítima, por isso aceitaram uma opção menos selvagem, eles seguiriam adiante até que um deles caísse.

Eles não tiveram de esperar muito tempo. Na noite seguinte, um empregado hispânico de nome Antonio foi o primeiro a morrer, seguido de Franklin Graves, um fazendeiro que solenemente informou suas duas filhas que esperava que elas aceitassem aquela solução - mesmo que tivessem de comê-lo, para continuar vivas.

Na terceira noite, após uma forte tempestade de neve, na qual eles tinham apenas cobertores para se proteger, outro homem morreu. Os sobreviventes, se resignaram de seu destino. Cozinharam sua primeira refeição humana na véspera do Natal.

Eliza Poor Donner (fotografada já em idade adulta) foi uma das crianças que sobreviveu a horrível expedição
Dois homens foram voluntários para fazer o preparo da refeição, e foi de comum acordo que as pessoas decidiram que ninguém seria obrigado a comer seus próprios entes queridos. Armados com facas, eles cortaram fatias de carne dos braços e pernas dos mortos - os cadáveres perfeitamente preservados pelo frio extremo. Em seguida fincaram os pedaços em espetos de madeira e os colocaram para assar sobre uma fogueira.

Enquanto comiam, os colonos evitavam contato visual e choravam. Fígado, coração, pulmões e o cérebro também foram extraídos para servir de alimento. Parte da carne foi seca para ser preservada, o que era um alívio, pois ficava menos reconhecível como humana. Entretanto, o jovem rapaz de 13 anos, Lemuel Murphy, não foi capaz de comer, não importando a aparência.

Ele conseguiu apanhar um rato e o comeu cru. Nessa noite ele foi o quarto a perecer, ficando primeiro delirante, chorado e implorando que não o comessem depois de morto. "Não quero que ninguém acabe roendo meus ossos!"

Em 30 de dezembro, o grupo - re-energizado e carregando suprimentos de carne seca (inclusive do menino), deixou o lugar que passou a ser chamado de Campo da Morte, nenhum deles se voltando para olhar os restos dos que salvaram suas vidas. Infelizmente, o estoque logo começou a acabar e eles se viram forçados a comer sapatos e botas, amarrando pedaços de pano em seus pés calejados e congelados.

Nessa altura, o grupo já não estava disposto a esperar que algum deles morresse para se alimentar. A necessidade falava mais alto e demandava alguma providência imediata. Naquela época, nativos americanos eram considerados como selvagens e sub-humanos e alguém sugeriu matar os dois leais guias Miwock que os acompanhavam.

Os dois homens, que ironicamente foram os dois únicos adultos que se negaram a participar da primeira ceia de carne humana, foram avisados por uma boa alma de que estavam sob grave perigo. Acabaram então fugindo na calada da noite.

A ceia dos desesperados
Eventualmente o grupo conseguiu encontrar um pouco de alívio ao abater um cervo. Seus caçadores beberam vorazmente o sangue quente do animal e dividiram sua carne. Mas a alegria durou pouco. Mais um colono acabou morrendo e apesar dos protestos de sua viúva, suas pernas e alguns órgãos foram removidos e servidos junto com o cervo.

A essa altura, desidratação e fome já haviam progredido para um quadro de delírio os deixando mentalmente instáveis. Tudo era agravado pelo fato deles beberem apenas água da neve derretida, que acabava baixando a temperatura corporal. As cinco mulheres que ainda estavam vivas, acompanhadas de dois homens chamados William Foster e William Eddy, que discutiam constantemente se já havia chegado o momento de matar uma das mulheres para dela se alimentar.

Entretanto, a crise diminuiu. Cerca de 25 dias depois de sua partida, eles avistaram rastros na neve e as seguiram até um pequeno acampamento que era usado pelos guias. Os homens estavam tão fracos que nem tentaram fugir. William Foster disparou na cabeça deles à queima roupa e logo em seguida começou a descarná-los. Foster jamais foi acusado de assassinato, mesmo tendo ele próprio reconhecido ter matado os dois índios, um indicador de como os nativos eram tratados naquela época.

Foi uma amarga ironia que pouco mais de dois dias depois, os últimos sete sobreviventes da "Vã Esperança" - que haviam conseguido por milagre atravessar a montanha, foram encontrados por membros da mesma tribo Miwok. Estes os levaram até a aldeia e cuidaram de seus ferimentos.

Uma fotografia do local usado como acampamento pela expedição Donner, as árvores foram cortadas por eles
Os índios inicialmente os confundiram com fantasmas, mas em seguida os recolheram e providenciaram ajuda. Os Miwok eram amistosos e assim que tiveram a chance, enviaram um mensageiro até a colônia na Califórnia para avisar que ainda haviam pessoas presas nas montanhas.

O primeiro grupo de resgate chegou ao Lago Tuskee apenas em 18 de fevereiro e foi saudado por uma mulher emaciada que emergiu de um buraco escavado na neve e perguntou em uma voz oca: "Vocês são homens da Califórnia ou anjos do Paraíso"?

Os sobreviventes - a maioria deles crianças - estavam tão fracos que demoraram dois meses para que estivessem em condições de deixar o acampamento com a ajuda de outros grupos que vieram em seu socorro. Foram essas pessoas que testemunharam em primeira mão o que havia se passado no lugar durante o auge do inverno.

Em março, um pequeno grupo localizou um série de tendas erguidas pela Família Donner cerca de 5 quilômetros adiante. Era uma cena digna de pesadelo.

Um depósito de carne, foi escavado no gelo, construído para armazenar e preservar os restos esquartejados para futuras refeições. As crianças estavam se alimentando de pedaços de humanos que assavam em um fogão de lenha improvisado. Um menino de sete anos roía um osso, tirando os fiapos de carne e tendão ainda agarrados nele. Outras três crianças sobreviventes, filhos de Jacob Donner, um dos líderes da expedição, estavam sentados em uma madeira devorando os restos assados do próprio pai, contaram as testemunhas horrorizadas.

Foto de James e Margaret Reed
As crianças ficaram inconscientes a aproximação do grupo de resgate. O corpo de Donner, o comandante da expedição também repousava parcialmente esquartejado no depósito. Sua cabeça havia sido removida, uma medida que os colonos tomavam para não ter de encarar seus amigos enquanto os dilaceravam. Outras sepulturas pontilhavam a paisagem, várias delas escavadas em busca do corpo em seu interior.

"Perto da fogueira usada por todos para se aquecer haviam restos de sangue, cabelos e ossos" contaram os homens.

Todos haviam se alimentado de seus companheiros mortos, parentes e amigos. Parecia claro que a medida havia sido a única coisa que os impediu de também definhar. Anos mais tarde, Georgia Donner, que era apenas uma criança na época da tragédia, contou que foi a própria viúva de seu tio quem sugeriu que seu cadáver fosse recuperado para que as crianças tivessem algo para comer.

Mas se é que tal coisa era possível, uma descoberta ainda mais macabra demonstraria o quão fundo aqueles homens e mulheres haviam chegado.

Em meados de março, William Foster e William Eddy - os dois homens que sobreviveram na patrulha que partiu em busca de ajuda - chegaram a uma cabana onde esperavam encontrar seus três filhos ainda crianças. Os três haviam morrido, dois deles haviam sido devorados pouco depois de morrido. A sogra de Foster, ainda delirante, apontou um dedo para um imigrante alemão chamado Lewis Keseberg, que sequer tinha coragem de encará-los.

Ela disse que Keseberg, um homem de pavio curto havia ficado impaciente com a espera e acabou matando a criança que faltava, um menino de quatro anos, asfixiando-o com as próprias mãos. Na manhã seguinte, ele pendurou o pequeno cadáver e começou a cortar fatias de carne para o jantar daquela noite. Keseberg foi o último homem a ser resgatado, ele deixou o acampamento em 29 de abril, depois do grupo de resgate achar em sua barraca restos e ossos escondidos. Ele negou ter matado a criança, embora admitisse ter preparado e comido três. Até o fim da vida ficou marcado como um carniceiro por vontade própria e não necessidade. Evitado por todos, o homem morreu na miséria e solidão.

Existe a suspeita de que os demais tenham transformado Keseberg em um bode expiatório jogando nela a culpa pelas mortes cometidas. A verdade é que seria difícil para uma pessoa cometer esses crimes sem o conhecimento dos demais, sobretudo porque o espaço compartilhado era muito pequeno. Alguns historiadores acreditam que ele tenha sido estigmatizado por não falar bem inglês e que não sabia do que estava sendo acusado.

Dos 45 sobreviventes, 32 tinham menos de 18 anos. Apenas a família Reed afirmava ter passado por todas as provações sem ter perdido nenhum dos seus ou sucumbido ao canibalismo. Os Reed esconderam alguns alimentos em sua carroça e com rações mínimas conseguiram resistir. "Graças à Deus nós conseguimos passar por tudo sem que nossa família tivesse de comer aquela medonha carne", escreveu Virgínia Reed de 13 anos para um primo, meses mais tarde.

Na mesma carta ela deu alguns conselhos ao primo que pretendia fazer a travessia e tentar a sorte na Costa Leste: "Lembre-se de jamais pegar um atalho e tenha pressa, pois o inverno pode chegar de um momento para o outro".

A Tragédia da Passagem Donner foi um dos episódios mais assustadores da marcha para o Oeste. Nos meses que se seguiram a notícia do que havia acontecido, a história se tornou tão perturbadora que sozinha reduziu o fluxo de migrantes a metade. Muitos começaram a dedicar algum pensamento antes de se lançar na perigosa jornada. Lembrado como um evento traumático, o incidente ganhou status de lenda na América e é lembrado até os dias atuais como um dos acontecimentos mais marcantes de uma época já marcada por dificuldades monumentais.


Quando amanhecer, você já será um de nós...

2 comentários:

  1. nossa. a fome faz a gente fazer cada coisa

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  2. Eu fico pensando no conflito interno pelo qual essas pessoas passaram ao tomar essa decisão. Não deve ser algo fácil hein...

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