Ativista relaciona João de Deus a tráfico de crianças

em 08/01/2019


Sabrina Bittencourt, uma das principais responsáveis por divulgar as denúncias contra João De Deus, afirma ter descoberto a existência de uma rede de tráfico de bebês chefiada por João de Deus e que, além disso, garotas de 14 a 18 anos, na maioria negras e de baixa renda, teriam sido usadas como escravas sexuais.

Suposto Tráfico de Crianças

A ativista afirma, em um vídeo publicado no seu Fabebook dia 03 de janeiro, que conseguiu contato com mães que teriam adotados os filhos dessas mulheres em pelo menos três continentes. E pediu ajuda das autoridades para apurar melhor o esquema.

“A gente tem recebido relatos, desde as mães adotivas dessas crianças que foram vendidas por US$ 20 mil (cerca de R$ 74 mil) a US$ 50 mil (cerca de R$ 185 mil) na Europa, EUA e Austrália, até ex-funcionários e cidadãos de Abadiânia que estão farto de serem coniventes com a quadrilha de João de Deus", diz Sabrina na publicação.


Ainda de acordo com o vídeo, a quadrilha se aproximava de mulheres jovens e oferecia dinheiro para que elas fossem escravas sexuais em garimpos ilegais que pertenceriam ao médium em Goiás e no norte de Minas. Os filhos dessas mulheres seriam então vendidos ao exterior.

“Em troca de comida, elas eram engravidadas para vender [os bebês] no mercado negro. Centenas de meninas foram escravizadas durante anos, viveram em fazendas de Goiás, serviam de matrizes para ficarem grávidas, para os bebês serem vendidos. Essas meninas eram assassinadas depois de 10 anos parindo. A gente já tem uma série de relatos, mas a gente precisa de mais provas", relata a ativista.
Sabrina é uma das responsáveis pelo Coame (Combate ao Abuso no Meio Espiritual), que reúne denúncias de violações sexuais cometidas por líderes religiosos. Sob ameaça de morte, vive atualmente fora do Brasil sob a proteção de organismos internacionais.

No caso João de Deus, ela pede ainda que outras vítimas façam denúncias para ajudar nas provas dos crimes. "Eu peço às embaixadas da Holanda, Estados Unidos, Austrália que exijam das autoridades brasileiras uma conduta impecável", diz.

Procurada pela equipe de reportagem do portal R7, Sabrina acabou não retornando nenhum dos contatos.

Fonte: R7

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