O oceano dentro da Terra

em 07/02/2017


A descoberta de um pequeno minério chamado ringwoodita confirmou uma teoria popular, mas altamente ridicularizada pela ciência ao longo dos anos, de que existe um oceano abaixo da superfície da Terra. O único outro local que o minério já foi encontrado naturalmente foi em meteoritos.

O estudos sugerem que o minério olivino se transforma no ringwoodita quando está sujeito a grande pressão do manto Terrestre. A água é 1,5% da composição da ringwoodita, no formato de íons de hidróxido, que é o resultado de intenso aquecimento e pressão e uma grande quantidade de água.

A descoberta de amostras naturais prova que não apenas que o oceano abaixo da superfície da Terra existe, como seu volume pode ser o mesmo dos oceanos da superfície.

Na matéria a seguir poderemos conhecer um pouco mais a respeito dessa descoberta científica que pode dar ainda mais fôlego a alegações de teóricos da conspiração que afiram que o interior da Terra é lar de um oceano.

A presença de um oceano no interior do nosso planeta, e até mesmo em Marte, geralmente está associada a teorias da conspiração que afirmam que sociedades alienígenas podem ter construído bases no interior do nosso planeta e do planeta vermelho.

Outras teorias apontam para antigas sociedades terrestres vivendo no interior do nosso planeta e que os antigos habitantes de Marte podem estar fazendo o mesmo no planeta vizinho.

Claro que essas descobertas da ciência, que poderemos ver a seguir, não comprovam nenhuma dessas teorias, mas, como eu mencionei anteriormente, provavelmente serão usadas por teóricos da conspiração como novos argumento para essas teorias.

A descoberta


Um diamante, originalmente do Brasil, contém minerais formados em uma profundidade de até a 600 km e tem quantidades significativas de água presas dentro do mesmo, como afirma em um estudo publicado na revista Nature.

A partir desta constatação, os autores do estudo sugerem que em muitos planetas rochosos também pode ter armazenado de água no seu interior.

Diamantes, trazidos à superfície por erupções violentas de rochas vulcânicas profundas chamados kimberlitos, são uma janela tentadora para olhar em direção ao centro da Terra.

Como parte de um estudo maior, Graham Pearson e sua equipe de pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, analisou o diamante de um kimberlita de 100 milhões de anos encontrado no estado de Mato Grosso.

Os cientistas advertiram que o achado continha um mineral, ringwoodita, que só é formada em profundidades de entre 410 km e 660 km abaixo da superfície da Terra, o que mostra quão profunda pode ser a fonte de alguns diamantes.

O oceano dentro da Terra

Esta é a primeira vez que a ringwoodita originária da Terra é observada, uma vez que este mineral só tinha sido observada em meteoritos.

Mas a coisa mais extraordinária é que os pesquisadores descobriram que o minério contém cerca de 1% de água.

Embora pareça muito pouco, a ringwoodita aflorou depois de ter atravessado quase toda essa vasta porção do interior da Terra, uma zona de transição entre os mantos superior e inferior.

Isto significa que pode haver uma enorme quantidade de água retida no interior do planeta.

"Encontrar água em uma grande concentração representa um desenvolvimento muito significativo na nossa compreensão da origem da água presente na superfície da Terra", disse Sally Gibson, da Universidade de Cambridge, Reino Unido, quando questionado pela BBC sobre a importância desta descoberta.

Os comentários de Pearson e sua equipe são a primeira evidência de que as profundezas do planeta pode armazenar água e resolve uma controvérsia 25 anos se o centro da terra é seca, molhado ou úmido em algumas áreas.

Joseph Smith, da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, passou muitos anos estudando ringwooditas e minerais semelhantes sintetizados em seu laboratório.

"Eu acho que é impressionante! Isto implica que o interior (Terra) pode armazenar várias vezes a quantidade de água nos oceanos. Ela nos diz que o hidrogênio é um ingrediente essencial para a Terra e não uma adição posterior de cometas", disse Smith.

"Esta descoberta implica que o hidrogênio poderia controlar os processos internos da Terra, da mesma forma que controla os processos de águas de superfície e planetas como a Terra poderia ser comum em nossa galáxia."

Uma questão fundamental inerente a estas observações é tentar entender se as placas tectônicas da Terra levam a reciclagem da água do oceano profundo e prever a quantidade provável de água retida em outros planetas rochosos.

O mesmo pode valer para Marte?

A presença de rinwoodita presume-se também no interior de Marte, quando se penetra sobre o núcleo de metal do planeta vizinho.

O planeta Azul

Os grãos do minério quando sintetizados no laboratório de Smith, brilhou com um intenso espectro azul sob o microscópio. E dada a nova capacidade para hospedar água da ringwoodita, sua abundância no tom profundo e belo, o termo "planeta azul" parece ainda mais adequado para a Terra.


Fonte: Hypescience, BBC e La ciencia es noticia

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