Colecionador de Almas (Dica de Livro)

em 20/01/2017


Hoje volto a trazer aos amigos e amigas uma dica de livro. Dessa vez falarei um pouco do livre da amiga Caroline Factum, intitulado Colecionador de Almas. Convido os amigos e amigas a conhecerem mais a respeito dessa obra que aborda assuntos como psicopatia.

Alguns leitores poderão achar o enredo violento e não se darem conta do verdadeiro motivo que levou a autora a abordar o assunto. Em notas de apresentação ela diz ''A razão pela qual este livro deve ser publicado é que em primeiro lugar, não se trata de um livro de entretenimento, e sim de uma obra de interesse nacional e até mesmo mundial, contando com informações legais de um perito criminal federal, dois pós doutorados em direito e uma pós doutorado em psicologia.

Sinopse


Baseado em fatos reais, com depoimento de vários sobreviventes, apoio e informações legais de dois pós doutorado em direito, um perito criminal federal e uma psicóloga, o livro aborda a psicopatia e a pedofilia no Brasil e no mundo, assim como alerta em como evitar e reconhecer psicopatas pedófilos.

Sobre a autora

Caroline Factum nasceu em São Paulo SP, cursou administração de empresas, trabalhou na área em Chicago USA onde morou por anos e começou a escrever a série de Literatura Fantástica Ciclos Eternos. Publicado na Europa e no Brasil a série conta com seis volumes sendo dois já publicados.

Cursou Letras e adquiriu Cambridge Certificate (Universidade de Londres) é atualmente professora de inglês. Em 2016 publicou o Colecionador de Almas, avaliado em 4.8 pelo prêmio Mark Wertz em uma escala de 0 a 5. O livro conta com depoimento reais das vítimas, apoio legal de dois pós doutorados em direito, um perito criminal federal e uma psicóloga. Com três meses postado a degustação na plataforma wattpad o livro chega a mais de 50 mil leitores.

Planos futuros: Cursar psicologia.


Onde encontrar o livro

Abaixo os amigos e amigas podem conferir onde pode-se encontrar o livro da nossa cara amiga Caroline.

O livro pode ser adquirido na versão digital no site:


Ou pelo Amazon:


Versão impressa:


Resenha

Abaixo os amigos e amigas poderão conferir a resenha publicada pelo Léo Otaciano no seu blog, Marcas Literárias.

A proposta de hoje é descortinar uma realidade mundial que a sociedade num geral não se permite conhecer a fundo e, por este motivo, abre as portas para que o mal embuçado entre não somente em suas residências, como também faça parte de tantas outras vidas. A autora de ''Colecionador de Almas'', Caroline Factum, confina, através da imagem de seu personagem antagonista, o psicológico nu e cru daqueles que não sentem o mínimo de remorso ou medo em dilacerar vidas alheias, independente de gênero, classe, credo ou idade. Enganam-se aqueles que carregam a ideia de que os psicopatas são pessoas que não têm sentimentos. Caroline Factum apresenta, em contextos desafiadores, a imagem dos psicopatas, portadores de desordens mentais, fator motivador que, na maioria das vezes, leva tais indivíduos a cometerem grandes crimes. Assim como o título versa, alguns constatam que o verdadeiro prazer vai além de acumular homicídios. O processo antecedente a certos assassinatos é marcado por variáveis crueldades; rituais factuais e, às vezes, religiosos que, na verdade, tornam-se o propósito lógico de todo o indivíduo que apresenta cuja perversão. ''Um assassino em série religioso, sempre deixará uma pista grande, não porque quer desafiar a polícia e os acha menos inteligentes, mas porque tem fé em sua missão''. Dentre tantos possíveis paradigmas e numerosas explicações, a autora avança diretamente interligando focos que visam alertar seus leitores e, claro, o corpo social geral, a identificar e, consequentemente, acautelar esse existente mal nativo. O livro exibe através de seus personagens e ocorrências essa gama realística da perversidade psicopata que coibi a segurança social. Mas, o que pensar realmente sobre eles? São loucos ou simplesmente gostam de ser maus?

Psicopatia

Distúrbio mental grave em que o enfermo apresenta comportamentos antissociais e amorais sem demonstração de arrependimento ou remorso, incapacidade para amar e se relacionar com outras pessoas com laços afetivos profundos, egocentrismo extremo e incapacidade de aprender com a experiência.

''Colecionador de Almas'' assume um papel muito importante para a camada social por exibir abertamente fatores cruciais da mente psicopata, como influxos que geram ações e, posteriormente, ações geradas após as piores consequências. O que realmente existe e motiva o interior intelectivo de indivíduos psicopatas? Este questionamento sempre é feito pelas pessoas e acaba se tornando um padrão ao adentrar ao tema da psicopatia. Bom, na obra em questão, não somente estas como outras explicações são distribuídas, tanto no enredo quanto nas notas instrutivas ao final do volume.

O enredo já começa tenso, com ocorrências fortes delineando atos de pedofilia, muito bem manifestos e geridos pela autora. Ao decorrer da narrativa, a inserção de novos casos certamente deixará os leitores revoltados com seus praticantes, desmascarados sem medo algum por Caroline Factum. Na prática, o mundo demente dessas desprezíveis individualidades vai se montando através de um olhar mais apurado e o leitor se integraliza a respeito desse conjunto de comportamentos e traços de personalidades específicos. A apresentação de temas agudos contorna todo um contexto repleto de defeitos sociais e individuais e aponta o perfil de um pedófilo serial killer, chamado de J., classificado na escala 22 do índice de maldade, criado pelo psiquiatra Michael Stone - Psicopatas assassinos-torturadores, onde a tortura é a principal motivação (na maior parte dos casos, o crime tem uma motivação sexual, mesmo que inconsciente). Dentre tantos padrões de assassinos existentes, J., personagem retratado no enredo de Caroline Factum é este assassino torturador, estimulado quase sempre por critérios sexuais. Sua perversão por crianças torna-se expressivamente nojenta e violenta no decorrer da obra, e a realidade de tantas famílias, agora é exibida de forma franca e reflete-se através deste psicopata muito bem talhado para a história. Seu progresso na obra — que na verdade é um regresso se pensado em referência ao caráter —, toma proporções drásticas e imensuráveis, dando a possibilidade ao leitor de classificá-lo sem hesitação, como um monstro.

O teor de tensão que é descarregado a partir dos primeiros capítulos só aumenta conforme os novos vão surgindo e percebe-se o quanto uma mente humana pode se tornar a cada dia, mais perturbada e violenta quando em contato direto com os seus estimulantes. A autora narra, além do comportamento dissimulado do psicopata, a rotina nos grupos responsáveis pelas investigações. Tudo é difundido ao leitor da forma mais verdadeira possível. Aliás, este é um ótimo diferencial do livro, os depoimentos e fatos baseados em condições reais tornam a obra verossímil. Percebe-se a cautela que a autora teve quanto ao quesito estudo. A paciência e empenho que ela teve em reunir todas as informações precisas sobre as temáticas abordadas no enredo são realmente louváveis. Ao expor todo esse cenário pavoroso com muita nitidez, Caroline Factum, além de talento, demonstra maturidade ao saber lhe dar com tantas emoções. Sim, o livro é uma roda-gigante de emoções, mesmo que sejam traduzidas da pior forma por piores momentos. O antagonista insensível, calculista e manipulador é uma ameaça silenciosa. A autora toma para si a função de "denunciante individual'' erguendo o olhar da sociedade para as tendências psicopatas, interpretando o psíquico, não somente de J., mas de todos os demais que de alguma forma convivem ou contribuem consciente ou inconscientemente com suas atividades cruéis. A exemplo de Cristina, personagem forte e expressiva que fica marcada por um quadro psicológico profundamente dramático. ''Cristina, que achava que não poderia sentir mais medo do que sentira em todos aqueles anos, estava aterrorizada. Ele então soltou a garota e a abraçou muito forte, a menina não reagia, estava tão surpresa quanto Cristina.''

Pedofilia

Perversão sexual ou transtorno mental que provoca no indivíduo atração por crianças e adolescentes. Este é o mote principal retratado em ''Colecionador de Almas''. No livro, a fidelidade na retratação comportamental desses indivíduos é extrema e bem notada. O leitor sente-se preocupado a cada novo capítulo pois se dá conta de que pessoas como estes personagens podem estar mais perto do que imagina-se. Esta é uma mensagem que, de certo ponto de vista, é repetitiva entre grupos sociais porém esquecida demais. Apesar de campanhas numerosas espalhadas pelas mídias, o Brasil é campeão em pedofilia. Mais de 70% dos pedófilos do mundo se encontram aqui. Mas o maior problema não está na quantidade absurda desse grupo de indivíduos doentes e sim na falta de observação constante que pais, responsáveis e sociedade deixa de praticar. ''Colecionador de Almas'' aponta um psicopata que poderia certamente ser qualquer outro dentre tantos espalhados entre nós.

No início, tudo parece o mais normal possível e o indivíduo aparenta equilíbrio mental:

''(...) Alguns meses se passaram e a amizade de J com Cristina crescia a cada dia (...) J não só era atencioso com Michele, mas também com seu filho de cinco anos, e era realmente encantador ver um rapaz novo como J, que além de namorar uma mulher mais velha e mãe solteira, amar tanto assim o filho dela. Ele sempre dava o que o garoto pedia, mesmo quando a mãe brigasse (...)''.

Algum tempo depois, o psicopata desmonta seu disfarce e não consegue mais refrear os seus impulsos:

''(...) J amarrou suas mãos com a bandagem, assim como suas pequenas pernas e colocou uma fita adesiva em sua boca, o jogando no porta-malas, entrou no carro, deu partida, colocando o carro em movimento, olhou seu relógio eram 4:30, tinha tempo o suficiente para brincar com Iago até as 7 onde chegaria pontualmente para mais um dia no Hospital.''

Assassino em série (serial killer)

Criminoso com perfil psicopatológico que comete seus crimes com frequência seguindo suas normas (padrões) e deixando em muitos casos, sua assinatura, uma forma de marcar suas vítimas e atos homicidas. Seus estímulos são psicológicos e há, em muitos casos, tons sádicos e sexuais.

A escrita de Caroline Factum é agradável demais. A autora conduz a história com um vocabulário coloquial facilitando o entendimento do leitor. Os detalhes são frequentes e apontam importantes deformidades no caráter de seus personagens. Como já era de se esperar, alguns são submetidos a situações psicológicas extremamente apavorantes e extenuantes que cortam a figura da ''perfeição humana'' em ambos os lados: agressor e vítima. Assim como na citação da personagem Cristina, a autora desencadeia um exímio terror psicológico nas outras vítimas de seu enredo. É possível sentir o medo e todo o desespero junto a elas no protocolo macabro que J. segue. Ainda, cercada por essa triste realidade, Caroline Factum passeia por outros assuntos que sempre geram debates na sociedade, como a criminalidade, o consumo e venda de entorpecentes e a rotina desse grupo envolvido com situações do tipo.

''A amizade de J com 'Tijolo' era bem sólida, José Alves da Silva de 35 anos, o qual, jamais seria identificado por esse nome, todos no Morro do Piolho o conheciam por Tijolo, por sua aparência de lutador de Jiu-jitsu, assim como J, ele não era ingênuo para fazer uso de drogas, mas as vendia abertamente, embora considerado 'um criminoso de princípios' isso dependeria muito de como se fosse analisar a situação. Tijolo poderia cortar o pescoço de um homem ou de uma mulher sem ao menos piscar os olhos, fosse para roubar um real ou um milhão, mas algo que ele se orgulhava de fazer era, jamais se envolver com crianças, por isso ele foi muito específico quando J forneceu o endereço de Michele, nem ele, nem nenhum de seus subordinados iria 'apagar' a mulher na frente do filho, obviamente, muito menos a criança.''

Uma ficção com inspiração real

Alguns leitores poderão achar o enredo violento e não se darem conta do verdadeiro motivo que levou a autora a abordar o assunto. Em notas de apresentação ela diz ''A razão pela qual este livro deve ser publicado é que em primeiro lugar, não se trata de um livro de entretenimento, e sim de uma obra de interesse nacional e até mesmo mundial, contando com informações legais de um perito criminal federal, dois pós doutorados em direito e uma pós doutorado em psicologia. Abordamos a mente de um psicopata, assim como situações onde, infelizmente por descuido, acabamos contribuindo para possíveis vítimas''. Certamente o seu objetivo é alcançado com louvor. No que diz respeito a retratação da psicopatia e suas análises e conclusões mediante a psicologia, a autora e seus contribuidores apresentaram um excelente modelo com conteúdo marcante que estimula o interesse imediato daqueles que se atentam para problemas específicos que causam danos à sociedade. Fui arrebatado logo ao início da leitura pela forma de abordagem que a autora escolheu para expor os assuntos. ''O garoto tremia encostado na parede... não conseguia entender o que tinha acontecido com seu pai... agora, além de ser um completo doente, violentando a própria filha de dez anos, esperava que ele fizesse a mesma coisa...'', os indícios dessa realidade transmitidos com firmeza e sem maquiagem são causadores diretos de um desejo em conhecer melhor todos os pormenores referentes a mente humana. A obra é magnífica e merece marcar presença em muitas livrarias por trazer de forma reveladora atributos da psicopatia. Vemos como a família e o acompanhamento psicológico são essenciais para a reestruturação de vítimas em caso de sobrevivência. O epílogo do livro se torna uma reportação ao desejo da sociedade para esses transgressores silenciosos.

Um fato muito interessante que o livro elucida é que um psicopata se forma, não nasce, segundo a psicóloga Ieda Benedetti, e dessa forma todo homem pode ser psicopata. Aponta-se também as facilidades que os psicopatas pedófilos encontraram para aliciarem suas vítimas, como os descuidos das mães, pais e responsáveis e até mesmo o avanço da tecnologia que torna a internet o grande mal do século, um meio de comunicação muito propício a pedófilos. Os depoimentos reais de sobreviventes causam no leitor os mais diversos sentimentos em relação aos abusos. Mediante a todas estas brilhantes e necessárias informações, pode-se definir ''Colecionador de Almas'' como um dito volume de averiguação que passeia por áreas como a sociologia, patologia, psicologia e psicopatia. Parabenizo a autora pela incrível obra de interesse nacional e classifico com cinco estrelas o favoritando na minha coleção.

Para finalizar, encontro a necessidade de expor parte das notas finais do livro para alertar mais uma vez a sociedade sobre o perigo que ronda as nossas crianças. Redobrar a atenção e saber como agir pode evitar o pior.

''(...) Frases do tipo “Não fale com estranhos”, não que seja inválida, mas não deve ser tomada por um todo, pois “Vale lembrar que 30% das crianças abusadas sofreram essa violência por alguém da própria família, pai, avô, tio, sobrinho, primo... 60% dos casos são por adultos que não são familiares, mas mantinham contato com as crianças e eram conhecidos por ela. ” Por exemplo: professor, membro de uma igreja, babá, médico da família, entregador de jornal... Apenas 10% são abordadas por um completo estranho! Outro mito comum na sociedade mundial, é que os pedófilos são homossexuais, um pedófilo não pode ser classificado em nada além de pedofilia, um pedófilo pode ser homossexual, heterossexual e abusar de menino, meninas ou ambos. Geralmente, procuram por profissões ou comportamentos, onde possam se aproximar e ter um contato direto com elas, tanto como professores de ensino regular ou qualquer tipo de aula extra, ou ainda como vendedores de doces ou qualquer mercadoria que interessem às crianças em portas de escolas, não esqueçam os profissionais de saúde! Não existe motivo algum para teu filho ou filha ficar sozinha durante uma consulta, seja com um (a) médico (a) ou mesmo um (a) enfermeiro (a).''

Quando amanhecer, você já será um de nós...


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Um comentário:

  1. legal as resenhas... que tal sobre a hq de terror Dylan Dog que vai voltar a ser publicada este ano no Brasil pela Editora Lorentz

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