Tambora, a Pompeia do Oriente

em 13/09/2015


Olá amigos e amigas atormentados. A postagem de hoje falará de uma tragédia vulcânica ocorrida no passado, e que varreu do mapa a cidade de Tambora, e seus habitantes. Estima-se que a catástrofe ocorrida em 10 de Abril de 1815 tenha resultado na morte de 117 mil pessoas. Apenas 4 pessoas sobreviveram a erupção.

Uma pequena cidade comercial bastante desenvolvida localizada perto de um vulcão, que foi completamente soterrada por uma grande erupção que a cobriu com uma enorme camada de cinzas, congelando-a no tempo para sempre. Poderíamos estar falando da famosa Pompeia, cidade ao sul da Itália que foi pega de surpresa pela erupção do Vesúvio no ano 79, mas estamos nos referindo a Tambora, na ilha de Sumbawa, que hoje integra o território da Indonésia.

Mas o seu poder destrutivo não foi apenas limitado a região. A explosão do vulcão afetou o mundo inteiro.


O ano que não teve Verão

Cinzas subiram em uma coluna que atingiu 43 quilômetros de altura, até a estratosfera. As partículas mais pesadas eventualmente caíram, mas um véu de aerossóis de sulfato permaneceu na estratosfera por anos, escurecendo a luz do sol em toda parte.

Isso influênciou todo o clima global, e iniciou uma cadeia de eventos que culminou com milhares de mortes Hemisfério Norte (alguns estudiosos acreditam que indiretamente esse evento possa ter causado a morte de milhões de pessoas).

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No ano seguinte ao desastre, não houve verão. O enxofre liberado pelo vulcão causou estragos em culturas agrícolas e morte da pecuária em todos os lugares.

Os Estados Unidos experimentaram geadas extremas e neve pesada no meio do “verão”, arruinando tudo nos campos. O mesmo aconteceu em outros lugares, causando uma grande fome em todo o mundo. Esta fome ajudou a espalhar uma nova cepa da cólera na Ásia e uma epidemia de tifo no sudeste da Europa e no Mediterrâneo oriental.

A descoberta da cidade perdida

Em 2006, cientistas norte-americanos e indonésios localizaram a cidade sob 30 centímetros de cinzas solidificadas, encontrando ricas peças da cultura material local, como vasilhas de bronze e cerâmica, fina porcelana, vidros e ferramentas de ferro.


Assim como as descobertas incríveis da famosa Pompeia, escavações preliminares mostraram a estrutura carbonizada de uma casa de cerca de vinte metros por dez. Os troncos, até mesmo parte das paredes de bambu e o teto de palha estão negros pelas cinzas, mas a forma original da casa foi preservada. Os esqueletos de dois adultos permanecem exatamente onde morreram, um deles segurando uma faca grande.


Ainda nos faltam muitas respostas, como a origem dos habitantes da ilha, mas o trabalho em arqueologia é paciente e demorado, e é bom que seja assim.



Uma nova erupção é esperada

Sabendo de tudo isso, especialistas estão dizendo que o Monte Tambora está pronto para entrar em erupção novamente.

Um fluxo constante de terremotos está agitando a ilha, de menos de cinco por mês em abril para mais de 200 agora. Colunas de cinzas já estão ventilando tão altas quanto 1.400 metros.

As autoridades já estabeleceram um perímetro de perigo de 3,22 quilômetros e seus habitantes estão evacuando sob as ordens do governo.

A maioria das pessoas de lá conhece a história de 1815 e não precisa de qualquer ordem para começar a correr. Na verdade, as pessoas de fora da zona de perigo também estão fugindo por puro medo.



Ninguém sabe ao certo se o Monte Tambora vai explodir com a mesma intensidade de 1815, ou quando vai explodir. Mas sabemos que ele está despertando, o que certamente não é bom.


Quando amanhecer, você já será um de nós...


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Um comentário:

  1. Está tendo vários sinais de prováveis erupções e terremotos em todo o planeta. Será que 23 de setembro pode realmente deixar de ser (mais uma) teoria e se tornar fato e, sendo assim, os próximos sete anos serão de grandes dores e sofrimentos. Sinistro!

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