Obesidade Mental

em 11/03/2015


Saudações amigos e amigas. No texto abaixo compartilho com vocês um artigo polêmico que fala de uma teoria levantada pelo antropólogo norte-americano Andrew Oitke. O texto fala de algumas ideias de Oitke a respeito de um grave problema que a humanidade vem enfrentando. Suas teorias vem ganhando cada vez mais seguidores, e muito provavelmente alguns de vocês já devem ter tomado conhecimento delas.

O prof. Andrew Oitke, catedrático de Antropologia em Harvard, publicou em 2001 o seu polêmico livro Mental Obesity, que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.

Nessa obra introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna: a Obesidade Mental.


Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física decorrente de uma alimentação desregrada. É hora de refletir sobre os nossos abusos no campo da informação e do conhecimento, que parecem estar dando origem a problemas tão ou mais sérios do que a barriga proeminente.

Segundo o autor, a nossa sociedade está mais sobrecarregada de preconceitos do que de proteínas e mais intoxicada de lugares-comuns do que de hidratos de carbono. As pessoas se viciaram em estereótipos, em juízos apressados, em pensamentos tacanhos e em condenações precipitadas.

Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada. Os "cozinheiros" desta magna fast food intelectual são os jornalistas os articulistas, os editorialistas, os romancistas, os falsos filósofos, os autores de telenovelas e mais uma infinidade de outros, chamados "profissionais da informação".

Os telejornais e telenovelas estão se transformando nos hamburgers do espírito. As revistas de variedades e os livros de venda fácil são os donuts da imaginação. Os filmes se transformaram na pizza da sensatez.

Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se abusarem dos doces e chocolates. Não se entende, então, como aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, por videojogos que se aperfeiçoam em estimular a violência e por telenovelas que exploram, desmesuradamente, a sexualidade. Com uma 'alimentação intelectual' tão carregada de adrenalina, romance,violência e emoção, é possível supor que esses jovens jamais conseguirão viver uma vida saudável e regular.

Um dos capítulos mais polêmicos e contundentes da obra, intitulado "Os abutres", afirma: o jornalista alimenta-se, hoje, quase que exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos e de restos mortais das realizações humanas. A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.

O texto descreve como os jornalistas e comunicadores em geral se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polêmico e chocante.

Só a parte morta e apodrecida ou distorcida da realidade é que chega aos jornais.

O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades. Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy. Todos dizem que a Capela Sistina tem teto, mas ninguém suspeita para quê ela serve. Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto.

Não admira que, no meio da prosperidade e da abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. A cultura banalizou-se e o folclore virou "mico". A arte é fútil, paradoxal ou doentia.

Floresce, entretanto, a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria e o egoísmo. Não se trata nem de uma era em decadência, nem de uma 'idade das trevas' e nem do fim da civilização, como tantos apregoam. Trata- se, na realidade, de uma questão de obesidade que vem sendo induzida, sutilmente, no espírito e na mente humana.

O homem moderno está adiposo no raciocínio, nos gostos e nos sentimentos.

Fonte: Expansão da Consciência

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Um comentário:

  1. Realmente a mídia dos canais abertos são um lixo, mas desdenhar tudo já é demais. O cinema é cultura, não é como os teatros shakespearianos, mas já é alguma coisas (coisa muita), os shows não são mais aquelas óperas italianas, q só gente da nobreza participava, mas agora todos podem e devem curtir um som da banda q lhe agrada (qual o mal nisso?), os livros foram trocados pelas revistas (o importante é ler neh verdade?). Agente aprende sim vendo tv ( eu aprendi os preceitos necessários para sobreviver a um apocalipse zumbi. Aprendi a manipular a cena de um crime (caso eu cometa, é só suposição). Aprendi q se falar Dracarys um dragão cuspirar fogo na tua cara, etc etc etc). E vídeo game não faz as pessoas ficarem violentas, a violência viva, a injustiça e o descaso é o q faz as pessoas violentas (certos q existem pessoas q são violentas de nascimento, mas isso nem um sistema opressor é capaz cura-la.).

    Muito antes disso tudo, o único divertimento q as pessoas tinham era a GUERRA, faziam guerra por tudo só pra se sentirem vivos. Hoje fazem filmes, novel, escrevem, há menos emoção nisso?

    Mas eu não quero ficar com uma mente obesa, então na segunda eu começo uma dieta.

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