Lyman Frank Baum

em 07/12/2014


Na última quarta feira dia 03-12-14, publiquei um texto que falava dos simbolismos contidos na história por trás do filme "O mágico de Oz" (clique AQUI para ler). No texto anteriormente mencionado, fala-se que o autor da história, Lyman Frank Baum, era um membro da Sociedade Teosófica. Hoje falaremos um pouco de L.Frank Baum e da suas ideias.

Antes de escrever o Mágico de Oz (ou mesmo contemplando a tornar-se um autor de histórias infantis), Baum realizou muitos trabalhos - uma das quais foi editor do Aberdeen Saturday Pioneer. Em 1890, Baum escreveu uma série de artigos que introduz seus leitores a Teosofia, incluindo a sua opinião sobre Buda, Maomé, Confúcio e Jesus Cristo. Naquela época, ele não era membro da Sociedade Teosófica, mas ele já demonstrava um profundo entendimento de sua filosofia. Aqui está um trecho de seu "Editor's Musings":

"Entre as várias seitas tão numerosas na América de hoje que encontra a sua base fundamental do ocultismo, a Teosofista está pré-eminente tanto na inteligência e no ponto de números. A Teosofia não é uma religião. Seus seguidores são simplesmente "buscadores da verdade". Os teosofistas, na verdade, são os insatisfeitos com o mundo, os dissidentes de todos os credos. Eles devem sua origem aos sábios da Índia, e são numerosos, não só no Oriente distante, famoso e místico, mas na Inglaterra, França, Alemanha e Rússia. Eles admitem a existência de um Deus - não necessariamente de um Deus pessoal. Para eles, Deus é a Natureza e a Natureza de Deus ... Mas, apesar disso, se o Cristianismo é a Verdade, como nossa educação nos ensinou a acreditar, não pode haver nenhuma ameaça a ele na Teosofia".
-L. Frank Baum, Pioneer sábado Aberdeen, 25 jan 1890

Em outra de suas "Editor’s Musings", Baum discute o uso do simbolismo místico na ficção, algo que ele realizou dez anos mais tarde, com o Mágico de Oz:

"Há uma forte tendência em romancistas modernos para a introdução de alguma veia do misticismo ou ocultismo em seus escritos. Livros desta natureza são avidamente comprados e lidos pelas pessoas, tanto na Europa e América. Ele mostra o desejo inato em nossa natureza para desvendar o misterioso: a procurar alguma explicação, porém fictícia, do inexplicável na natureza e na nossa existência diária. Pois, como avançamos na educação, o nosso desejo de conhecimento aumenta, e estamos menos satisfeitos em permanecer na ignorância do que o misterioso manancial de onde emana tudo o que é sublime e grandioso e incompreensível na natureza."

No final deste artigo, Baum entra em uma súplica por mais ocultismo na literatura:

"O apetite do nosso tempo pelo ocultismo requer ser satisfeito, e ao mesmo tempo com a mediocridade das pessoas irá resultar em sensacionalismo, levará em muitos a um pensamento muitos mais alto e mais nobre e mais ousados, e quem pode dizer o que esses mistérios corajosos podem se desvendar em idades futuras?"
-L. Frank Baum, Aberdeen Saturday Pioneer, 22 de fevereiro de 1890

Dois anos depois de escrever esses artigos, de L. Frank Baum e sua esposa Maud Gage aderiram a Sociedade Teosófica, em Chicago. Os arquivos da Sociedade Teosófica, em Pasadena, Califórnia, registrou o início da sua pertença ao 04 de setembro de 1892. Em 1890, o Mágico de Oz, foi publicado. Quando perguntado sobre como Baum teve sua inspiração para a história, ele respondeu:

"Foi pura inspiração... Veio-me para mim dessa forma. Eu acho que às vezes que aquele grande autor tem uma mensagem que quer transmitir e que Ele tem para utilizar o instrumento em mão. Aconteceu de eu ser aquele médium, e acredito que a chave mágica me foi dada para abrir as portas a solidariedade e compreensão, alegria, paz e felicidade."
-L. Frank Baum, citado por 73 Hearn

O Mágico de Oz é muito apreciado no âmbito da Sociedade Teosófica. Em 1986, a revista americana teosofista reconheceu Baum como "um teosofista notável", que bem representou a filosofia da organização.

"Embora os leitores não olharem em seus contos de fadas pelo seu conteúdo Teosófica, é significativo que Baum se tornou um famoso escritor de livros infantis, depois que ele entrou em contato com a teosofia. Idéias teosóficas permeiam seu trabalho e serviram de inspiração para ele. Na verdade, o Mágico pode ser considerado como alegoria Teosófica, permeado por ideias teosóficas do começo ao fim. A história veio à Baum como uma inspiração, e ele aceitou com um certo temor como um dom de fora, ou talvez de dentro, ele mesmo."
-Americano teosofista n º 74, 1986

Fonte: Wikipédia e Knowledge is Power

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