O misterioso disco de Sabu

em 15/01/2015


Algumas semanas atrás um leitor (a) anonimo (a), deixou um comentário em uma postagem se referindo a um estranho disco, conhecido como Disco do Príncipe Sabu. O disco de aproximadamente 5 mil anos de idade é mais um daqueles achados insólitos feitos pela arqueologia, que acabam abrindo espaço para diferentes teorias para a sua origem.

Milhares de pessoas todos os anos visitam o Museu do Cairo atrás das famosas múmias e de seus belos artefatos em ouro. No entanto, bem ali no primeiro andar do prédio, perto da Sala das Múmias, jaz um pequeno objeto que não chama muito a atenção dos leigos, mas que vem quebrando a cabeça dos especialistas há quase um século. Trata-se do Disco do Príncipe Sabu, exposto solitariamente numa pequena vitrine do museu egípcio.


Descoberta do disco de Sabu

O estranho disco foi descoberto em 1936 por Brian Walter Emery, um dos maiores egiptólogos de sua época. Escavando na zona arqueológica de Saqqara, no Egito, ele descobriu a tumba do Príncipe Sabu, filho do faraó Adjuib, governante da Primeira Dinastia Egípcia (por volta de 3.000 A.C). Entre cerâmicas, ossos fragmentados, jarros e outros objetos que, segundo a cultura egípcia, o príncipe levava consigo para o além , estava o famigerado disco, fato que chamou enormemente a atenção do egiptólogo. O design moderno e a técnica apurada na confecção do disco, que parece uma espécie de hélice ou volante modernos, não parecia com nada do que ele já havia descoberto até então.


Com 61 centímetros de diâmetro e 10 centímetros de altura na parte central, é feito de um tipo de xisto, rocha muito frágil e quebradiça, o que torna incrível suas três dobraduras. No centro há um orifício que sugere ter sido feita para ser girada num eixo, apesar dos pesquisadores ainda não saberem exatamente qual a real função do objeto.


O que torna o disco ainda mais intrigante é que os egiptólogos estão de acordo que a introdução da roda no Egito só se deu no Império Médio pela invasão dos Hicsos, por volta de 1640 A.C. Isso nos dá alguma segurança em afirmar que o dispositivo não era usado como uma roda. No entanto, algumas gravuras egípcias, onde rodas semelhantes aparecem desenhadas, já eram encontradas durante a quinta dinastia, cerca de um milênio antes desse período. Mas se não era, então pra que servia este objeto de design tecnológico avançado que apareceu numa tumba egípcia 1400 anos antes da roda ser introduzida na região? É mais um daqueles casos que põem em xeque tudo o que temos sabido a respeito do conhecimento dos povos da Antiguidade.

Algumas teorias

Alguns estudiosos do assunto sugerem que o disco de pedra na verdade serviu como uma espécie de hélice usado com aletas (pequenas alas por onde passa algo) hidráulicas. Enquanto a pedra não pode ser um material razoável para tal dispositivo, o renomado egiptólogo Cyril Aldred postulou que o disco seria simplesmente uma reprodução de um objeto metálico muito mais velho do que este.


Claro que, esse objeto também, acreditava-se, teria servido a um propósito muito menos incrível. Alguns acreditam que o disco pode ser simplesmente ser um pé de uma lâmpada a óleo. No entanto, os críticos desta teoria afirmam que sua função como uma lâmpada ritual, é bastante improvável devido à forma e curvatura de seus lobos, que parecem sugerir uma função ao invés de meros adornos.

Então qual seria a explicação para este disco? Embora não possa ter sido uma hélice de um veículo, o disco estranho ainda pode ter sido parte de uma espécie de um antigo componente da máquina para o processamento de grãos ou frutas, talvez. Alguns até sugeriram que ele possa ter sido parte de um gerador usado para produzir eletricidade.

A habilidade necessária para esculpir um objeto é também importante. Se alguém fosse fazer hoje um objeto semelhante a esse disco, a tecnologia necessária para tais formas finas e desproporcionais de rocha sólida exigiria algo como uma máquina de trituração computadorizada 3D moderna! Claro que um habilidoso escultor poderia criar tais formas na rocha, mas com que finalidade? E de onde ele teria tirado inspiração para formas que parecem não pertencer aquela época? Quem olha o artefato certamente tem a impressão de ser um artigo atual.


Seria esse misterioso disco a reprodução de alguma tecnologia antiga desconhecida?

De qualquer maneira, o disco tri-lobulado agora descansa no primeiro andar do Museu do Cairo, onde todos que podem apreciar o artefato se perguntam: que tipo de tecnologia que os egípcios eram realmente capazes de criar durante os primeiros dias de seu império glorioso?


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7 comentários:

  1. esse treco parece uma calota de caro. deve ser uma calota que caiu da nave dos ets.

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  2. Este negocio de termos um objeto circular numa época que não conheciam a roda e muito, mais muito fora do comum. Creio que os especialistas terão que refazer os cálculos de suas teorias.
    Ou poderão dizer que era o volante do carrinho "sem rolimã" do príncipe.

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  3. nosso mundo foi criado com "restos" de outros mundos, muito do que é achado em nossas pesquisas arquelógicas nunca foi criado aqui, quem garante que essa "roda" não foi achada por eles e tomada como um tesouro, talvez nem eles tenham feito.

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  4. A ideia do amigo anônimo lá em cima é interessante hein...rsrsrsr

    Mas falando sério agora...aqui no blog volta e meia eu abordo um texto que fala de algum estranho objeto que foi encontrado, e que data de milhares de anos atrás. O mistério em torno desses objetos geralmente está associado ao material usado na sua construção, ou mesmo relacionado com a complexidade geométrica do mesmo, o que implicaria num processo produtivo moderno.

    Não podemos descartar a possibilidade de muitos desses objetos terem sido construídos na Terra, por artesões habilidosos e usando técnicas hj desconhecidas, embora seja mais tentador acreditar que o artefato é algum tipo de "lixo" que provaria a existência de vida inteligente fora da terra, ou que provaria que já existe viagem no tempo.

    Muitos estudiosos que acreditam em teorias fantásticas (eu estou incluso nessa categoria, embora não seja nenhum estudioso do assunto), rejeitam a hipótese de que importantes técnicas de construção possam ter sido perdidas ao longo dos séculos. Eu concordo com elas quando mencionamos obras gigantescas feitas no passado, por grupos e civilizações, mas não concordo totalmente com ela quando falamos de pequenos artefatos.

    Eu creio que alguns artefatos possam ter sido fabricados usando-se técnicas artesanais complexas, e essas técnicas foram perdidas por um motivo: o artesão não teve intensão de ensinar seus conhecimentos adiante, talvez por medo de que o aprendiz se tornasse um concorrente, ou por falta de oportunidade mesmo...

    Quero deixar claro que essa opinião minha não está questionando o disco de Sabu em si, ou qualquer outro objeto, mas eu achei importante "soltar" essa ideia um tanto conservadora, afinal de contas essa é uma hipótese a ser considerada.

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    1. Eu tenho esta mesma opinião de que em algum momento destes períodos mais estudados da antiguidade houve algo que fez que o conhecimento que eles tinham para facilitar a vida foi perdida por algum motivo ainda desconhecido totalmente.

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  5. Antes dos egípcios a humanidade já existia e existia tecnologia, algum evento catastrófico destruiu a humanidade e a tecnologia restando apenas povos que não tinham tecnologia. Seria como se todos os povos tecnológicos de hoje morressem e sobrassem só tribos indígenas no estágio pré-historico, ou seja sem linguagem escrita, e tudo de começasse do zero. Aliás se ocorresse uma catástrofe hoje em 300 anos não restaria nada da nossa civilização. Mas para os bobos tudo é coisa de ets.

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  6. gosto muito das suas matérias, mas tenho muito pavor de palhaços :(

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