David Koresh: O messias davidiano

em 28/12/2014


Saudações amigos e amigas. Na última sexta feira foi ao ar aqui no blog Noite Sinistra uma postagem que falava sobre o Cerco de Waco (clique AQUI para acessar), onde muitos membros um grupo religioso liderado por David Koresh acabou perdendo a vida após ficarem 51 dias sitiados pelo FBI. Convido a todos a conhecerem a história desse líder espiritual.

David Koresh, nascido em Houston, 17 de agosto de 1959. Seu nome de batismo era Vernon Wayne Howell, foi o líder do Ramo Davidiano, uma seita, que acreditava que ele era o seu último profeta. Vernon Howell mudou legalmente seu nome para David Koresh em 15 de maio de 1990.

Infância

Koresh nasceu em Houston, Texas, filho de uma mãe solteira de 14 anos, Bonnie Sue Clark. Seu pai era um rapaz de 20 anos, de nome Bobby Howell. O casal jamais se casou. Dois meses antes do nascimento de Koresh, seu pai encontrou outra adolescente e abandonou Bonnie Sue. Koresh nunca conheceu o pai e sua mãe passou a conviver com um violento alcoólatra. Em 1963, a mãe de Koresh abandonou esse homem e deixou o filho, então com 4 anos, sob os cuidados da avó do menino, Earline Clark. Sua mãe retornou quando ele estava com 7 anos, após o casamento com um carpinteiro chamado Roy Haldeman. Haldeman e Clark tiveram um filho chamado Roger, nascido em 1968.

Koresh descreveu sua primeira infância como solitária e se diz que ele teria sofrido estupro por parte de meninos mais velhos quando estava com 8 anos. Um mau estudante, antes de ter sido descoberto portador de dislexia, Koresh saiu cedo da escola. Em consequência de suas baixas habilidades escolares, foi posto em classes de educação especial e apelidado "Vernie" pelos colegas. Porém, com 11 anos, ele havia memorizado todo o Novo Testamento.

Koresh com 14 anos
Aos 19 anos, Koresh envolveu-se com uma menina de 15, que acabou grávida. Ele declarou ter nascido novamente como cristão na Convenção Batista do Sul e mais tarde juntou-se à igreja frequentada por sua mãe, a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ali ele se apaixonou pela filha do pastor.

Certa vez enquanto orava por orientação ele "abriu os olhos" e alegadamente encontrou a Bíblia aberta no capítulo 34 do livro de Isaías, convencendo-se de que ali estava um sinal divino, ele aproximou-se do pastor e disse que Deus queria que ele tivesse a sua filha por esposa. O pastor rejeitou-o e quando Koresh continuou a persistir na perseguição à filha do pastor, este expulsou-o da congregação.

Em 1981 ele mudou-se para Waco, Texas, onde se juntou ao Ramo Davidiano, um grupo religioso originado de um cisma na década de 1950, quando os membros do grupo Shepherd's Rod desligaram-se eles próprios da Igreja Adventista do Sétimo Dia na década de 1930. Eles se estabeleceram num rancho próximo de Waco e deram ao lugar o nome de "Monte Carmelo", inspirados no Monte Carmelo mencionado na Bíblia, em 1955.

Ascensão à liderança do Ramo Davidiano

Em 1983, Koresh começou a auto proclamar-se profeta. No mesmo ano, Lois Roden - então líder - autorizou Koresh a passar sua própria mensagem, o que causou controvérsia no grupo. O filho de Lois Roden, George Roden pretendia ser o próximo líder do grupo e considerou Koresh um intruso. Quando Koresh anunciou que Deus o havia instruído para se casar com Rachel Jones, houve um curto período de calma em Monte Carmelo, mas isto se provou apenas temporário. Na luta pelo poder que se seguiu, George Roden, declarando ter o apoio da maioria do grupo, forçou Koresh e seu grupo a sair de Monte Carmelo a base de força bruta.

Koresh e mais 25 seguidores fixaram-se em Palestine, Texas, a 145km (90 milhas) de Waco, onde eles viveram sob condições difíceis em ônibus e barracas pelos dois anos seguintes, nos quais Koresh realizou o recrutamento de novos seguidores na Califórnia, no Reino Unido, em Israel e na Austrália. Em 1985 Koresh viajou a Israel, onde declarou ter tido uma visão de que ele próprio era Ciro, o Grande dos dias atuais. O fundador do Ramo Davidiano, Victor Houteff, queria que isto fosse o desígnio de Deus implementar e estabelecer o reino davídico na Palestina, em Israel. Koresh também queria ser instrumento de Deus e estabelecer o reino de David em Jerusalém. Pelo menos até 1990, ele acreditava que o local de seu martírio poderia estar em Israel, mas em 1991 ele convenceu-se de que seu martírio seria nos Estados Unidos. Em vez de Israel, ele disse que as profecias de Daniel seriam cumpridas em Waco, e que o Centro de Monte Carmelo era o reino de David.

No acampamento, em Palestine, Koresh esforçou-se de modo que todos acreditassem e confiassem nele, e apenas nele. Todas as ligações anteriores, fossem elas familiares ou de outra natureza, nada mais significavam. Sua lógica era a de que se eles tinham que depender de alguém, que então dependessem dele, Koresh, de modo que ficassem vulneráveis. Nesta época, ele já havia começado a divulgar a mensagem que ele próprio era o Cristo, proclamando que ele era "o Filho de Deus, o cordeiro que poderia abrir os Sete Selos".

Lois Roden faleceu em 1986. Até então Koresh ensinava que a monogamia era a única forma correta para se viver, mas repentinamente anunciou que a poligamia era válida para ele. Em março de 1986, Koresh dormiu pela primeira vez com Karen Doyle, de 14 anos. Ele a tomou como sua segunda esposa. Em agosto do mesmo ano, Koresh começou a dormir em segredo com Michele Jones, a irmã mais jovem de sua esposa, então com 12 anos. Em setembro de 1986 Koresh começou a pregar que ele tinha o direito de possuir 140 esposas, 60 delas como suas "rainhas" e as demais 80 como suas concubinas, direito esse que teria sido baseado na interpretação do Cântico de Salomão. Koresh então construiu sua nova ideologia totalmente em torno de seu "casamento" com Doyle. Essa teologia foi denominada "Nova Luz", pregando uma doutrina de poligamia para ele mesmo, o que ele chamou de "A Casa de David". De acordo com essa doutrina, Doyle teria uma filha chamada Shoshanna, que se casaria com o primogênito de Koresh, Cyrus. Contudo, Doyle não pôde conceber, e Koresh então transferiu sua atenção à irmã de sua esposa. O ex davidiano David Bunds disse que a doutrina poligâmica pregada por Koresh "despertou seu profundo desejo de ter relações sexuais com meninas”. Segundo Bunds, ele foi capaz de se convencer de que aquilo era a vontade de Deus, em seguida, ele foi capaz de ser livre de culpa e de ter relações sexuais com tantas jovens quantas ele fosse capaz de pôr as mãos.


No final de 1987, George Roden começava a perder prestígio para Koresh. Para recuperá-lo, ele desafiou Koresh para uma disputa, na qual eles levantariam os mortos, desenterrando um cadáver para fazê-lo. Koresh foi à polícia para acusar Roden de vilipêndio a cadáver, mas foi-lhe dito que ele deveria ter provas do fato (p. ex., uma fotografia do cadáver exumado).

Koresh retornou a Monte Carmelo disfarçado, com sete seguidores armados. Todos menos um - que pôde escapar - foram presos pela polícia local, que tinha sido alertada de um tiroteio. Quando os xerifes chegaram, eles encontraram Koresh e seis seguidores atirando com rifles em Roden, também armado. Roden já tinha sido ferido e se escondeu atrás de uma árvore. Como consequência do incidente, Koresh e seus seguidores foram acusados de tentativa de homicídio. No julgamento, o depoimento de Koresh dizia que fora a Monte Carmelo para conseguir provar a evidência do vilipêndio a cadáver praticado por Roden. Os seguidores de Koresh foram absolvidos e no caso de Koresh o julgamento foi cancelado.

Em 1989 Roden assassinou Wayman Dale Adair com um machadada no crânio após Adair declarar-se o verdadeiro Messias. Roden foi acusado de homicídio e mantido num hospital psiquiátrico em Vernon, Texas. Em função de Roden possuir uma dívida tributária de milhares de dólares, Monte Carmelo foi posto à venda. Koresh e seus seguidores levantaram o dinheiro e compraram a propriedade, que foi renomeada para "Rancho Apocalipse". Roden continuou a atormentar a facção de Koresh mediante a apresentação de documentos legais enquanto estava preso. Quando Koresh e seus seguidores compraram Monte Carmelo, eles descobriram que os inquilinos que tinham alugado a propriedade quando Roden ainda era proprietário haviam deixado para trás um laboratório de metanfetamina, fato denunciado por Koresh ao departamento de polícia local e pediu para que fosse removido.

Mudança de nome

O nome Koresh é uma transliteração do nome persa de Ciro, o rei persa que permitiu aos judeus vitimados pela diáspora feita por Nabucodonosor II da Babilônia retornassem à sua terra. Durante o cerco a Waco, Koresh explicaria aos negociadores do FBI que (ao menos nas mente dele) "koresh" tinha um significado mais profundo:

Koresh: "O que Cristo revelou como sendo, de acordo com o quarto selo?"
FBI: "Um cavaleiro sobre um cavalo."
Koresh: "E qual é o seu nome?"
FBI: "Morte."
Koresh: "Agora, você sabe o que significa o nome Koresh?"
FBI: "Prossiga..."
Koresh: "Significa morte."

Koresh ou Khoreich é também um sobrenome comum entre grupos no sul do Líbano, na Palestina, na Jordânia e na Arábia Saudita. A tradução para o árabe é "o homem inteligente".

Acusações de abuso infantil e estupro

Koresh negou todas as acusações de pedofilia e abuso de crianças em entrevistas públicas. A mídia, no entanto, criticava duramente os davidianos e os porta-vozes do governo dos Estados Unidos contavam histórias pesadas sobre a vida pessoal de Koresh.

Foi alegado que Koresh advogava a poligamia para si, e dizia ser casado com várias mulheres da pequena comunidade. Alguns ex membros da seita também alegaram que Koresh podia requerer qualquer uma das mulheres da comunidade para si.


Em 1993 o relatório do Departamento de Justiça dos Estados Unidos apresentou alegações de abuso de crianças e abusos físicos. O agente especial da BATF, David Aguilera, entrevistou a ex davidiana Jeannine Bunds, a qual havia dito que Koresh era o pai de pelo menos 15 crianças, com várias mulheres e adolescentes do grupo. De acordo com Bunds, algumas das moças tornaram-se mães de filhos de Koresh com idades de até 12 anos. Ela disse ser ela própria mãe de sete dessas crianças. Bunds também disse que Koresh podia anular todos os casamentos de membros do grupo por ele liderado. Assim ele tinha acesso sexual exclusivo às mulheres. Ele também teria tido relações sexuais regulares com moças jovens. Em seu livro, James Tabor afirma que Koresh reconheceu em uma fita de vídeo enviada do rancho religioso. Ele aí afirma ser o pai de mais de 12 crianças, filhas de diversas "esposas", algumas das quais era jovens de 12 e 13 anos quando se tornaram grávidas. Os testes de DNA realizados em mulheres e crianças que apareceram no vídeo, e que morreram no incêndio subsequente, confirmaram que, de fato, algumas das crianças tinham Koresh por pai. Em 3 de março de 1993, durante negociações para garantir a libertação das crianças remanescentes, Koresh advertiu o grupo de negociadores: "meus filhos são diferentes das demais crianças" referindo-se à sua linhagem direta, em oposição às crianças libertadas anteriormente.


Morte de Koresh

Como consequência das ações desencadeadas pelo FBI em 19 de abril de 1993, um grande incêndio atingiu a cede do Rancho Apocalipse, o que acabou provocando a morte de 75 pessoas, dentre elas David Koresh.



Fonte: Wikipédia

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4 comentários:

  1. Como estes psicopatas conseguem iludir tantas pessoas assim?

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    1. Pior que ninguém se deu conta das "pregações" podres dele...

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  2. Mas isso parece normal, não só no Brasil, mas no mundo todo o povo praticamente sempre escolhem os piores para lhes representar no poder.

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