Experiência de quase Morte

em 02/02/2014


Olá amigos e amigas, hoje voltamos a contar com a participação de uma leitora aqui do blog, a senhorita Vani Da Col. A estimada Vani nos enviou, via Facebook, uma ideia para uma postagem. O resultado dessa indicação os amigos e amigas poderão conferir mais abaixo...aproveitem!!

O termo experiência de quase morte (ou EQM) refere-se a um conjunto de visões e sensações frequentemente associadas a situações de morte iminente, sendo as mais divulgadas a projeção astral (também chamada de "projeção da consciência", "desdobramento espiritual", "emancipação da alma", "experiência fora do corpo" etc.), a "sensação de serenidade" e a "experiência do túnel". Esses fenômenos são normalmente relatados após o indivíduo ter sido pronunciado clinicamente morto ou muito perto da morte, daí a denominação "EQM".

O termo "experiência de quase morte", foi proposto pelo psicólogo e epistemólogo francês Victor Egger em 1896 em "Le moi des mourants", como resultado das discussões no final século XIX entre filósofos e psicólogos, relativamente às histórias de escaladores sobre a revisão panorâmica da vida durante quedas. O interesse popular pelas EQMs se iniciou devido principalmente ao trabalho do psiquiatra e parapsicólogo norte-americano Raymond Moody em seu best seller "Vida Depois da Vida", escrito em 1975 sob o nome de near-death experiences (NDEs), repetindo a frase já proposta por Victor Egger.


Muito se estuda sobre as experiências de quase morte, mas não existe nem prova científica e nem consenso científico sobre o significado e a causa desses fenômenos. Vários médicos, parapsicólogos, cientistas e especialmente os espiritualistas, apontam essas experiências como provas da projeção astral e da vida após a morte. Por outro lado, a grande maioria dos médicos e cientistas apontam as EQMs como tendo características de alucinações.

Em 1981, foi criada a International Association for Near-Death Studies (Associação Internacional de Estudos do Quase-Morte). A associação utiliza a "Escala Greyson" , um método criado pelo psiquiatra e parapsicólogo Bruce Greyson para determinar as EQMs legítimas.

Em 1982, uma pesquisa do Instituto Gallup apontou que cerca de 8 milhões de norte-americanos já tinham passado pela experiência de quase morte. Até 2005, haviam sido documentadas menções a EQM em 95% das culturas do mundo. Um dos mais antigos registros de EQM está contido na obra "A República" (Livro X) de Platão.

Sensações comuns a quem já passou por uma EQM

As pessoas que viveram o fenômeno relatam, geralmente, uma série de experiências comuns, descritas nos estudos de Elizabeth Kubler-Ross (1967), nem sempre elas estão todas presentes, e algumas não seguem padrão algum. Eis as características que as EQMs "típicas" têm em comum:
  • Um sentimento de paz interior;
  • A sensação de flutuar acima do seu corpo físico;
  • A impressão de estar em um segundo corpo, distinto do corpo físico;
  • A percepção da presença de pessoas à sua volta;
  • A visão de seres espirituais;
  • Visão de 360º;
  • Sensação de que o tempo passa mais rápido ou mais devagar;
  • Ampliação de vários sentidos;
  • A sensação de viajar através de um túnel intensamente iluminado no fundo ("experiência do túnel").
Nesse espaço, a pessoa que vive a EQM percebe a presença do que a maioria descreve como um "ser de luz", embora seu significado possa variar conforme os arquétipos culturais, a filosofia ou a religião pessoal. O portal entre essas duas dimensões é também descrito como a fronteira entre a vida e a morte. Por vezes, alguns pacientes que viveram essa experiência relatam que tiveram de decidir se queriam ou não regressar à vida física. Muitas vezes falam de um campo, uma porta, uma sebe ou um lago, como uma espécie de barreira que, se atravessada, implicaria não regressarem ao seu corpo físico.


Sensações incomuns de quase morte

Algumas EQMs têm elementos que sustentam poucas semelhanças com a experiência de quase-morte "típica". Segundo pesquisas, algo em torno de 1% a 25% dos indivíduos não experimenta sensações de paz, não visita o céu e nem encontra espíritos amigáveis. Ao invés disso, sentem-se atemorizados e são abordados por demônios ou duendes maliciosos. Eles podem visitar locais que se encaixam nas descrições bíblicas do Inferno, incluindo fogo, almas atormentadas e uma sensação de calor opressivo.


Menos comuns são os relatos de EQMs compartilhadas, onde alguém ligado à pessoa que está morrendo a acompanha em sua jornada fora do corpo. Isso pode tomar a forma de um sonho que ocorre no mesmo momento em que a pessoa estava próxima da morte. Crianças também passam por EQM. As muitos novas tendem a relatar experiências surrealistas com alguns dos elementos comuns das EQMs, mas à medida que elas se tornam mais velhas, o ensino religioso geralmente colore suas EQMs com uma conotação mais espiritual, tal como encontrar Deus ou Jesus.

Uma pequena porcentagem de pessoas que passaram por EQMs relatam visões proféticas que lhes revelaram o destino da Terra e da humanidade. Trata-se geralmente de uma visão apocalíptica, mostrando o final dos tempos, mas alguns relatam visões da humanidade evoluindo em seres superiores. Um grupo de pessoas que não se conheciam relatou que o mundo terminaria em 1988.

Investigações científicas

Até recentemente, este fenômeno costumava ser considerado pela ciência estrita como um assunto vulgar, fruto de lendas, crendice popular ou religiosidade. No entanto, na década de 1970, pesquisas como a do doutor Raymond Moody e a da doutora Elizabeth Kubler-Ross, principalmente após a publicação dos best-sellers Vida Depois da Vida e Sobre a Morte e o Morrer, respectivamente, levaram ao início de uma corrente de pesquisas em todo o mundo sobre o fenômeno. Mesmo com tanto interesse e a presença de numerosos relatos anedóticos, ainda não há qualquer comprovação científica sobre a realidade das experiências de quase-morte. Entre os cientistas que pesquisam o assunto, há os que interpretam as experiências como reações do cérebro (visão monista) e há os que interpretam tais experiências como prova de que a consciência não é produzida pelo cérebro (posição dualista); e de que existe vida após a morte.

Elizabeth Kubler-Ross
Muitos pesquisadores materialistas, como a psicóloga Susan Blackmore e o anestesiologista Lakhmir Chawla, acreditam na teoria de que as EQMs são alucinações complexas causadas pela falta de oxigênio no cérebro durante a etapa final do processo de morte. Mas muitos outros pesquisadores, como os psiquiatras Raymond Moody e Bruce Greyson, discordam das teorias materialistas e defendem teorias que interpretam as experiências como prova de que a consciência não é produzida cérebro e de que existe vida após a morte, devido principalmente ao argumento de que muitas pessoas demonstram percepções extrassensoriais com precisão em seus relatos de EQM (como por exemplo o famoso caso de EQM da cantora Pam Reynolds).

O primeiro estudo clínico sobre experiências de quase morte em pacientes em estado de parada cardíaca foi feito pelo cardiologista holandês Pim van Lommel e sua equipe médica, tendo sido publicado em 2001 pela revista científica Lancet. De acordo com o cardiologista, dos 344 pacientes que foram reanimados com sucesso depois de sofrerem parada cardíaca, 62 (18%) tiveram EQMs e lembraram com detalhes as condições que passaram quando estavam clinicamente mortos. Na conclusão de Lommel, nossa consciência existe independentemente do cérebro; este sendo um veículo físico de expressão da consciência mas não o produtor da mesma.

Em experimentos realizados em aceleradores centrípetos, que visam a compreender as reações psicofisiológicas humanas em presença de enormes acelerações, após momentaneamente desmaiarem dadas a incapacidade circulatória e oxigenação inadequada do cérebro, as pessoas submetidas ao teste relatam quase sempre alucinações análogas às apresentadas pelas pessoas que passaram por experiências de quase morte, incluso a experiência de se ver fora do corpo; muito embora, nesses experimentos controlados, as pessoas em testes sejam seguramente mantidas longe do limite entre a vida e a morte.

Teorias Sobrenaturais

A aceitação das explicações sobrenaturais baseia-se na fé e no contexto espiritual e cultural.

A explicação sobrenatural mais comum é que alguém que passa por uma EQM está, na verdade, experimentando e lembrando de coisas que aconteceram com sua consciência não corpórea. Quando estão próximas da morte, suas almas deixam o corpo e começam a perceber coisas que normalmente não perceberiam. A alma passa pela fronteira entre o nosso mundo e o pós-vida, geralmente representada por um túnel com uma luz no final. Enquanto está nessa jornada, a alma encontra-se com outras entidades espirituais (almas) e pode até encontrar uma entidade divina, que muitas pessoas percebem como sendo Deus. Eles vêem um relance de outra realidade de existência, geralmente interpretado como Céu, mas são trazidos de volta, ou escolhem voltar, para seu corpo terreno.


A crença em projeção astral liga as EQMs com outras formas de experiência fora do corpo. A projeção astral é a habilidade de um "ser astral" viajar fora do corpo. Em uma EQM, esse ser astral, ou alma, deixa espontaneamente o corpo e percorre livremente outros lugares. Alguns poucos casos de EQM parecem oferecer provas de que as pessoas realmente experimentam eventos de um ponto de vista diferente daquele do seu corpo terreno. Pessoas que estavam inconscientes e sem reação, que tiveram os olhos fechados ou foram declaradas clinicamente mortas, relatam detalhes dos procedimentos nelas aplicados e das pessoas presentes no quarto. Há relatos de pessoas com cegueira permanente que passaram por uma EQM e foram capazes de identificar, por exemplo, a cor da camisa do médico.

Para aqueles com fortes crenças na teologia judaico-cristã, as EQMs representam uma prova de que possuímos almas, que elas continuam a existir depois que morremos e que Céu e Inferno são lugares reais. Alguns acreditam que as EQMs são obra de Satanás, que tenta explorar a vulnerabilidade das pessoas naquele momento, aparecendo como um "anjo de luz". O objetivo de Satanás com essa farsa não é claro.

Outras teorias são um pouco mais esotéricas. Alguns acreditam que uma EQM representa uma ligação psíquica com seres inteligentes superiores de outra dimensão. Estes seres podem ser humanos, que evoluíram suas almas superando o ciclo nascimento-morte-reencarnação, oferecendo desse modo um relance do futuro da humanidade como seres espirituais superiores. Às vezes, uma EQM pode até oferecer uma visão literal do futuro, como nas experiências com profecias apocalípticas mencionadas anteriormente.

É interessante observar que as religiões não judaico-cristãs têm histórias e descrições da morte que parecem explicar muitos dos traços comuns das EQMs. O budismo, por exemplo, descreve a "clara luz da morte", assim como as incorporações demoníacas das falhas morais. A meta da alma é identificar tanto a luz quanto as aparições como projeções da natureza da própria alma, não como algo objetivamente real. Se isso acontece, a alma pode escapar do ciclo de nascimento-morte-reencarnação e alcançar o nirvana.

Existem muitos livros e filmes que mencionam EQMs, ou mesmo, cujo enredo principal esteja baseado no assunto. A amiga Vani que nos instigou a pesquisar sobre o assunto, recomendou o filme "Linha Mortal" como sendo uma película relacionada com o tema da postagem acima.


Fontes: Wikipédia e HSW

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